Inep: 85% das universidades federais e 21% das particulares têm avaliação satisfatória em cursos superiores

Para chegar às notas, o Inep leva em conta o desempenho dos alunos no Enade – exame feito no início e no fim da graduação -, a qualificação dos professores e recursos das instituições, como laboratórios. Inep divulga resultado da pesquisa sobre ensino superior
O Inep divulgou nesta terça-feira (2) o resultado da pesquisa de qualidade do ensino superior no Brasil.
Os cursos e instituições avaliados variam a cada ano. E o CPC – conceito preliminar de curso – é o principal indicador da qualidade do ensino superior no país. Dá notas de 1 a 5 para os cursos, em que 1 e 2 são notas insuficientes e 5, a máxima.
Para chegar às notas, o Inep leva em conta o desempenho dos alunos no Enade – exame feito no início e no fim da graduação -, a qualificação dos professores e recursos das instituições, como laboratórios. Também leva em conta a opinião dos estudantes quando fizeram o Enade.
Em 2022, foram avaliados 26 cursos de bacharelado e tecnológicos, principalmente de gestão e ciências sociais e humanas – como direito, psicologia e relações internacionais.
Nos 7,2 mil cursos presenciais avaliados, as notas foram mais altas. Nos cerca de 1,7 mil cursos à distância, esse número foi menor. Os cursos presenciais foram mais reprovados do que os à distância: 10% contra 8,1%.
O representante das instituições de ensino superior particular, Rodrigo Capelato, explica esses números.
“Nós temos muitos alunos no ensino à distância em relação a um número menor também no presencial. Então, essas questões explicam essas diferenças entre o presencial e o à distância”, afirma.
O MEC também avaliou a qualidade das instituições de ensino superior por meio de um outro indicador: o IGC, que leva em conta os dados obtidos ao longo de três anos. Os números mostram que ainda é grande a distância entre os resultados das universidades públicas federais e das instituições privadas de ensino.
Foram 1.998 instituições. 85% das universidades públicas federais tiraram notas 4 ou 5, resultado melhor do que em 2018, que foi de 68%. Entre as instituições particulares com fins lucrativos, esse número cai para 21% – também houve melhora em relação a avaliação anterior. E 14% delas tiraram nota 2, mesmo índice de 2018. No total, apenas 2,7% das instituições de ensino superior tiraram nota máxima.
“A gente vê uma evolução, sim, do sistema. Há também uma melhora no desempenho dos estudantes no Enade. Então, se você comparar, é que a metodologia não permite essa comparação de uma edição para a outra, mas se você pudesse comparar ali a gente consegue ver uma evolução, sim, no sistema público e privado”, afirma Rodrigo Capelato.
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