
A Geração Z, também conhecida como “Gen Z” ou “Zoomers”, refere-se ao grupo de pessoas nascidas, em média, entre a segunda metade da década de 1990 e o início dos anos 2010, mais precisamente de 1997 a 2012. São caracterizados por terem crescido em um mundo digital e hiperconectado, com a tecnologia e a internet como partes integradas de suas vidas.
Pesquisas indicam que a Geração Z é a mais diversa e possui o mais alto nível de escolaridade já registrado. Ao mesmo tempo, esses jovens demonstram grande entusiasmo pelas potencialidades da inteligência artificial, mas procuram orientações claras sobre a ética e a confiabilidade dessas ferramentas.
Para atender a esse perfil, faculdades têm adotado metodologias ativas, plataformas adaptativas e ambientes de inovação com foco em IA. No mercado corporativo, programas de upskilling, mentorias e modelos de trabalho flexíveis são oferecidos para atrair e reter talentos. Já os pais precisam se preparar para mediar o uso intensivo de tecnologia, promovendo diálogo aberto, limites saudáveis de tela e atenção à saúde mental dos filhos.
Características da Geração Z
A Geração Z, sendo a primeira totalmente digital nativa, com acesso desde cedo a smartphones e internet de alta velocidade. Estudos mostram que essa geração é mais diversa em termos raciais e étnicos do que as anteriores e tende a atingir níveis educacionais mais altos. Além disso, a convivência precoce com tecnologias emergentes, como IA generativa, molda sua forma de aprender e trabalhar, gerando altas expectativas de inovação nos ambientes acadêmicos e profissionais.
Para melhor engajar estudantes da geração Z, muitas universidades têm implementado metodologias ativas, como aprendizagem baseada em projetos e salas de aula invertidas, que colocam o aluno no centro do processo de descoberta. Plataformas de aprendizagem adaptativa, alimentadas por IA, ajustam conteúdos e exercícios ao ritmo e estilo de cada estudante, aumentando a eficácia tanto em cursos presenciais quanto online.
Laboratórios de inovação e makerspaces, equipados com recursos de IA e realidade aumentada, oferecem espaços seguros para experimentação e desenvolvimento de projetos práticos. Além disso, professores recebem capacitação específica em IA para incorporar discussões sobre ética, impacto social e habilidades técnicas em seus currículos.
O Mercado

O mercado de trabalho reconhece as demandas da Geração Z e responde com programas de desenvolvimento contínuo, incluindo mentorias, bootcamps e certificações rápidas focadas em competências práticas. Pesquisas indicam que 73% destes profissionais valorizam esquemas de trabalho flexíveis, seja em horário, seja em local de atuação, levando empresas a expandir modelos híbridos e de home office.
Com a adoção crescente de IA, corporações como Microsoft e Google disponibilizam treinamentos públicos em machine learning e prompt engineering, enquanto muitas organizações promovem workshops internos para familiarizar equipes com ferramentas generativas. Paralelamente, há uma tendência de questionar a obrigatoriedade de diplomas formais: quase metade dos recém-formados da Geração Z considera seus cursos obsoletos diante da ascensão da IA, o que leva recrutadores a priorizarem habilidades comprovadas em vez de credenciais acadêmicas.
Gestores estão olhando para a IA e isso pode impactar a Geração Z
Você já parou para pensar que, hoje em dia, quem chega ao mercado de trabalho tem que competir não só com outros candidatos, mas também com algoritmos? 😮 Um estudo da Hult International Business School revelou que 37% dos líderes preferem investir em soluções de inteligência artificial do que contratar recém-formados. Vamos entender melhor esse cenário e descobrir caminhos para a Geração Z brilhar!
IA x Recém-Formados: Qual é a Conta?
Muitos gestores veem a IA como uma opção mais prática e econômica, quase um “funcionário” que não tira férias nem pede aumento. Para um terço dos líderes, robôs e softwares são hoje mais vantajosos do que trazer gente nova para dentro da empresa.
No entanto, essa escolha também mostra um desafio real: 98% dos profissionais de RH confessam dificuldade para achar talentos, mas 89% evitam dar chances a quem está começando a carreira. Resultado? Uma barreira extra para quem acaba de sair da universidade.
O que dizem os jovens profissionais
Quando perguntaram a 1.600 profissionais da Geração Z nos EUA:
- 77% contaram que aprenderam mais nos seis primeiros meses de trabalho do que nos quatro anos de faculdade.
- 85% gostariam que a graduação tivesse preparado melhor para a vida profissional — especialmente diante da concorrência das IAs.
- 87% disseram ter recebido treinamento mais sólido no emprego do que na própria universidade.
- 55% enxergam pouca ou nenhuma preparação acadêmica para as demandas do mercado.
É um sinal verde para empresas que invistam em programas de integração e mentoria, em vez de simplesmente “trocar” recém-formados por robôs.
Geração Z no trabalho
A Geração Z, sem dúvida, é a primeira geração 100% digital, cheia de habilidades em redes sociais, análise de dados e ferramentas online. Mesmo assim, muitos gestores a percebem como pouco resiliente ou não acostumada a lidar com feedback direto. Uma pesquisa da ResumeBuilder de 2023 mostra que 74% dos chefes acham esses jovens “mais difíceis de trabalhar” e 54% acabam desligando-os nos primeiros 90 dias.
Quais são as reclamações mais comuns?
- Falta de experiência prática
- Visão de mundo (ou “mentalidade global”) ainda em construção
- Dificuldade para colaborar em equipe
- Custos percebidos de treinamento
- Etiqueta empresarial considerada “fraca”
6 em cada 10 jovens da geração Z se sentem realmente engajados no trabalho
Uma pesquisa recente da MetLife mostrou que só 6 em cada 10 jovens da geração Z se sentem realmente engajados no trabalho, enquanto a geração boomer registra 79% de engajamento. E não para por aí: quando comparamos a produtividade (64% vs. 86%) e o nível de satisfação com a carreira (59% vs. 71%), os números também ficam abaixo.
Além disso, quase metade dos profissionais da geração Z (46%) relata sentir muito estresse no dia a dia, contra 35% das outras faixas etárias. E o esgotamento? Quase metade (44%) diz estar à beira do burnout, comparado a 34% de quem já passou dos 40 anos.
Reflita!
E você, como está se sentindo na sua carreira hoje? Você está satisfeito com a sua vida profissional?
- Você se sente realizado? 😊
- Sim, mas ainda tenho espaço para crescer.
- Mais ou menos… não está 100% como eu gostaria 🤔
- Não mesmo. Preciso de mudanças!
Por que não substituir tudo pela IA?
É inegável: soluções de IA podem ser escaláveis, econômicas e livres de conflitos interpessoais. Mas até agora, elas não conseguem substituir a intuição, a criatividade e a empatia que só um ser humano traz. Enquanto os algoritmos automatizam tarefas repetitivas, cabe às pessoas lidarem com o inesperado, construírem relacionamentos e tomarem decisões complexas.
O que a Geração Z precisa para vencer
- Mentoria e Feedback Construtivo: Conversas francas com colegas mais experientes ajudam a entender expectativas e desenvolver soft skills.
- Treinamentos Práticos: Bootcamps, projetos reais e job rotations mostram como aplicar teoria na prática.
- Habilidades Sociais: Quem passou a maior parte da vida online pode se beneficiar de cursos de comunicação presencial e dinâmicas de grupo.
- Propósito e Valores: Empresas que investem em diversidade, sustentabilidade e justiça social atraem jovens que buscam sentido no trabalho.
É unindo tecnologia e empatia que vamos construir um futuro mais próspero para a Geração Z e para todas as outras.
Conectando gerações: O poder do diálogo
Antes de concluir que “a IA faz melhor do que o humano”, que tal lembrar que a conversa continua é a ferramenta mais poderosa dos negócios? Seja você líder, mentor ou recém-chegado ao mercado, reservar tempo para conversar, trocar ideias e alinhar expectativas pode ser o diferencial que transforma talentos em grandes profissionais.
Afinal, é unindo tecnologia e empatia que vamos construir um futuro mais próspero para a Geração Z e para todas as outras.
Preparação dos pais

De acordo com pesquisa da Samsung, 88% dos pais acreditam que o domínio de IA será fundamental para o futuro profissional de seus filhos, mas 81% desconhecem se o tema faz parte do currículo escolar. Especialistas recomendam aos pais atuarem como guias, promovendo diálogo aberto sobre riscos e benefícios das tecnologias, em vez de recorrer somente a punições.
Envolver-se nas atividades digitais dos adolescentes e ensiná-los sobre alfabetização digital e pensamento crítico fortalece a confiança e reduz vulnerabilidades online.
Também é importante estabelecer limites claros para o tempo de tela e incentivar hobbies e atividades ao ar livre, mantendo equilíbrio entre o mundo virtual e o real.
Por fim, os pais devem ficar atentos a sinais de ansiedade e depressão associados ao uso excessivo de redes sociais e considerar estratégias como as propostas por Jonathan Haidt, que sugere restringir o uso de smartphones e mídias até idades apropriadas para proteger a saúde mental dos jovens.
A Geração Z traz consigo um perfil de alto engajamento tecnológico e expectativas elevadas quanto à personalização e ética no uso de ferramentas digitais. Universidades e empresas já começam a se adaptar com metodologias ativas, plataformas de IA e modelos de trabalho flexíveis, mas o sucesso dessa integração depende também do apoio e preparo dos pais. Ao adotar práticas de diálogo, educação digital e equilíbrio no tempo de tela, famílias, instituições de ensino e mercado podem colaborar para formar uma geração resiliente, crítica e pronta para os desafios de um mundo cada vez mais orientado por tecnologias emergentes.
A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
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