Produtores de arroz podem antecipar venda à Conab para garantir preço mínimo

Produtores de arroz da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, assim como de estados como Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, podem optar pela venda antecipada do grão à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A medida integra os Contratos de Opção de Venda (COV) e tem como objetivo proteger a renda dos agricultores diante da queda nos preços de mercado provocada pela chegada da nova safra.

A operação permite que os agricultores que participaram dos leilões públicos de dezembro passado exerçam seu direito de venda do arroz à Conab, garantindo um valor fixado previamente, acima da cotação atual. A negociação deve ser feita pelas Bolsas de Mercadorias que intermediaram os leilões, por meio das corretoras que representaram os produtores.

Para os agricultores gaúchos, o preço pago pela saca de 50 quilos será de R$ 81,26, superior ao valor de mercado, atualmente em torno de R$ 76,38. Quem optar pela entrega antecipada terá um pequeno desconto, correspondente ao custo logístico e financeiro da operação, em relação à entrega originalmente prevista para maio.

A Fronteira Oeste do RS é uma das regiões que já concluíram ou estão próximas de concluir a colheita, o que possibilita o cumprimento dos requisitos para antecipar a entrega do produto.

No total, foram negociados 3.396 contratos, equivalentes a cerca de 91,7 mil toneladas de arroz. Os Contratos de Opção fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), e funcionam como uma espécie de seguro de preço, garantindo ao produtor a opção de vender ao governo federal caso o valor de mercado fique abaixo do fixado.

“Além de assegurar uma renda mínima ao trabalhador do campo, a medida também contribui para a recomposição dos estoques públicos de arroz no país. A abundância da safra, aliada à retomada das exportações asiáticas, pressiona os preços no mercado internacional e acende o alerta para a estabilidade econômica de pequenos e médios produtores. Ao intervir com políticas de apoio direto, o governo reforça o papel da Conab como ferramenta de regulação do mercado e de garantia de soberania alimentar”, afirma o presidente do órgão, Edegar Pretto.

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