Falha em freio pode ter causado acidente que derramou ácido em rio de Joinville, diz polícia; VÍDEO


Caminhão que transportava ácido sulfônico tombou em rodovia e parte da carga caiu no rio que abastece a cidade mais populosa de Santa Catarina. Assista ao vídeo do acidente que provocou vazamento de ácido em rio de Joinville
Uma falha no freio do caminhão pode ter sido a causa do acidente que causou o vazamento de ácido sulfônico em um rio de Joinville, cidade mais populosa de Santa Catarina. O veículo que transportava ácido sulfônico tombou na SC-418 e parte da carga caiu no rio que abastece o município.
A informação é da Polícia Civil, que apura o caso. Um vídeo mostra o momento do acidente (assista acima). O motorista sofreu ferimentos leves, passou a noite em observação e recebeu alta nesta terça-feira (30), segundo a prefeitura de Joinville.
O caminhão estava carregado do produto que contaminou o Rio Seco, afluente do Rio Cubatão. Após o acidente, o abastecimento de água foi interrompido em 75% da cidade, que tem 616.323 habitantes.
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Segundo o delegado Rafaello Ross, todas essas informações serão confirmadas através das perícias. Além da perícia solicitada no caminhão e uma realizada no local do acidente, a Polícia Civil solicitou uma análise ambiental para contabilizar a extensão do dano ambiental.
“Pelo relato inicial da ocorrência, e até pela imagem que aparece no vídeo, foi uma falha mecânica no caminhão, possivelmente o sistema de freios. Então, aquilo fez com que o motorista perdesse o controle na decida e acabasse colidindo”, disse o investigador.
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O que é a substância que vazou em rio e deixou parte de cidade sem água
Conforme a Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv), ainda nesta terça-feira será feita uma análise da situação na pista e a remoção das 122 bombonas com o produto tóxico.
Em seguida, vai ser mobilizado um sistema de “siga e pare” para liberar o trânsito parcial no trecho, conhecido como Serra Dona Francisca.
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Transtornos
Por conta do desabastecimento de água, mercados registraram tumulto, longas filas e falta de garrafas de água desde o início da tarde de segunda-feira (29).
A orientação do Procon é para que a população economize água e não pague preços abusivos pelo produto, pois não há ressarcimento de valores.
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Redes sociais/ Reprodução
Em nota, a Buschle & Lepper Distribuidora de Produtos Químicos informou que o caminhão transportava o ácido para a unidade de distribuição de Joinville. Afirmou que “está acompanhando a identificação das causas do acidente e as providências necessárias para mitigar os impactos socioambientais” (nota no fim do texto).
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Produto tóxico
Segundo Daniele Legat Albino, gerente do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), o contato direto com o material pode causar desde queimaduras na pele a lesões oculares graves. A substância também é nociva por inalação e ingestão.
Por conta da capacidade de tornar óleos mais solúveis, o ácido sulfônico costuma ser usado para produzir detergentes e produtos de limpeza em geral.
Acidente provocou contaminação de águas em Joinville
Arte/G1
O que diz a empresa
A Buschle & Lepper Distribuidora de Produtos Químicos vem a público informar que o caminhão cujo acidente na SC-418 resultou no vazamento do produto químico, transportava o Ácido Sulfônico para a unidade de distribuição de Joinville. Este insumo, utilizado para a produção de detergentes e similares, era transportado pela empresa terceirizada Transpare Transportes (Inlog). A transportadora é homologada para esta atividade pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de possuir as certificações necessárias para o transporte de produtos químicos.
A empresa lamenta as consequências desta ocorrência para o abastecimento de água de Joinville e para o meio ambiente, informa que seus técnicos estão atuando junto ao Gabinete de Crise da Prefeitura de Joinville desde esta manhã para contribuir na busca de soluções para os danos causados e que está acompanhando junto à Inlog a identificação das causas do acidente, as providências necessárias para mitigar os impactos socioambientais e a evolução do quadro de saúde do motorista.
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