Ficco-DF prende chefes do crime, policial e fortalece combate à facção

Desde a criação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (Ficco-DF), em março de 2024, por meio da união das principais instituições de segurança pública e da Justiça, diversas operações foram deflagradas e criminosos presos. A força-tarefa desarticulou esquemas que operavam na capital federal envolvendo desde líderes de facções até agentes públicos e advogados.

A Ficco-DF surgiu como uma resposta à crescente sofisticação do crime organizado. Criada por um acordo entre as polícias Federal, Militar, Civil, Rodoviária Federal, Penal e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a força-tarefa tem como objetivo central integrar esforços para combater tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, e as operações de facções criminosas.

Essa integração permitiu uma abordagem mais coordenada, com investigações conjuntas e ações táticas que enfrentam o crime organizado em várias frentes. A centralização das informações e a cooperação interinstitucional têm sido essenciais para desmantelar redes criminosas.

Ao longo de 2024, a Ficco-DF realizou várias operações de impacto. Algumas das mais relevantes incluem:

Operação Vili Pretio: desmantelou um esquema liderado por um policial penal que facilitava privilégios a presos do sistema prisional mediante pagamento de propinas. A operação revelou o envolvimento de advogados que utilizavam suas prerrogativas profissionais para encobrir as ações ilícitas. Armas, munições e documentos foram apreendidos.

Operação Fragmento: dividida em duas fases, essa operação revelou como advogados atuavam como intermediários na comunicação entre líderes de facções criminosas. Os profissionais utilizavam seus privilégios para levar ordens e informações que fortaleciam o domínio territorial das organizações.

Operação Transarmamentista: um dos maiores golpes contra o tráfico de armas no Distrito Federal, essa operação desarticulou um grupo que movimentava mais de R$ 10 milhões. Foram apreendidas armas, drogas e documentos que detalhavam transações financeiras ilegais.

Conexão perigosa

Uma das descobertas mais alarmantes foi a infiltração do crime organizado dentro de instituições públicas. Policiais penais foram identificados facilitando a entrada de itens proibidos no Complexo da Papuda, enquanto advogados serviam como intermediários e até gestores financeiros para facções criminosas.

Foi o caso de Rafael da Conceição Barreto, policial penal preso durante a Operação Vili Pretio. Ele é acusado de comercializar armas ilegalmente e de conceder regalias a presos faccionados. A investigação revelou que suas ações eram intermediadas por lideranças do crime organizado e que ele contava com o apoio de uma advogada para lavar os lucros das atividades ilegais.

Produtividade
Mais de 150 mandados de prisão foram cumpridos ao longo do ano. Dezenas de armas e toneladas de drogas foram apreendidas. Redes financeiras complexas usadas para lavar dinheiro foram desmanteladas, interrompendo o fluxo de recursos das facções.

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