Desespero: Copo fica entalado em pescoço de garça e biólogos procuram pela ave para tentar salvá-la

As imagens de uma garça com um copo entalado no pescoço viralizaram nas redes sociais. O flagrante foi feito no Rio de Janeiro e causou comoção diante da agonia da ave.
A garça foi avistada na Estrada do Rio Morto, no Recreio do Bandeirantes, bairro da zona oeste do Rio. O veterinário Jeferson Pires avisou a patrulha ambiental que tenta encontrar a ave.

O objetivo é tentar salvar o animal, já que o copo no pescoço certamente será fatal nas circunstâncias em que a ave se encontra. Ela vai morrer se o objeto não for retirado.
Segundo Jeferson, o copo impede que a ave consiga comer. Portanto, a garça vai ficar cada vez mais debilitada. Além disso, naquela posição, o copo impede uma correta irrigação sanguínea, o que também causa um problema grave.
Jeferson faz parte do Centro de Recuperação de Animais Silvestres, da Universidade Estácio, em Vargem Pequena. O caso da garça não é isolado. E os pesquisadores nesse centro costumam salvar animais que engolem lixo na água ou na terra.
Um caso recente foi o de um jacaré que estava com um saco plástico no estômago. Ele foi resgatado na Lagoa da Barra da Tijuca e levado para um procedimento delicado.
Os veterinários usaram um tubo para fazer a ligação com o organismo do jacaré e , por ali, puxaram o saco plástico , como se vê na captura da imagem (a ponta do saco plástico no alto).
A quantidade de lixo que as pessoas jogam na água ou na areia é tão impressionante que os salvamentos no centro de recuperação de animais silvestres é recorrente.
Os biólogos estimam que no caso das tartarugas marinhas que habitam o litoral fluminense, por exemplo, 70% a 80% tenham pedaços de plástico no estômago. Uma ameaça para a espécie.
A garça é uma ave pernalta da família Ardeidae, gênero Ardea, com origem nas Américas, Europa e África. Seu nome científico mais comum é Ardea alba.
Essas aves alimentam-se de peixes, crustáceos, insetos e pequenos anfíbios, caçando em áreas alagadas e margens de rios.
As garças vivem em zonas úmidas, como pântanos, lagos e rios, encontrando-se em todos os continentes, exceto a Antártida.
No Brasil, a espécie é encontrada em manguezais, áreas alagadas e várzeas, com destaque para o Pantanal e a Amazônia.
No estado do RJ, habitam a Restinga de Maricá, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Parque Nacional da Tijuca. O problema é o acúmulo de lixo que pessoas jogam e que expõe os animais ao perigo.
Fisicamente, as garças têm caracteristicas que chamam atenção: pernas longas, bico afilado e plumagem branca
Reproduzem-se em colônias, botando 2 a 5 ovos, com incubação de 25 a 30 dias.
A expectativa de vida das garças é de cerca de 15 anos na natureza.
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