Braga Netto participou de dois núcleos da trama golpista, diz PF

Foi concluído, com a derrubada de sigilo do relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), participou de dois núcleos de atuação do grupo suspeito da trama golpista.

Braga Netto (foto em destaque), apontam as investigações da PF, era integrante do “Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado” e do “Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas”.

Ele era responsável por eleger alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investidas golpistas e por influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação.

A descrição da atividade de cada um dos grupos e seus integrantes foram revelados pela quebra de sigilo assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência dos seguintes grupos:

  • Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
  • Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
  • Núcleo Jurídico;
  • Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
  • Núcleo de Inteligência Paralela;
  • Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas

No total, são 37 indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, entre eles o ex-presidente Bolsonaro.

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