Suplente de senadora ligava governo a financiadores golpistas, diz PF

O suplente da senadora Tereza Cristina (PP), que chegou a chefiar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atuou como uma ponte entre financiadores de manifestações antidemocráticas e o governo de Jair Bolsonaro (PL). 

Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações concluíram que Aparecido Andrade Portela, conhecido como Tenente Portela, “atuou como um intermediário” entre a administração Bolsonaro e financiadores dos protestos em Brasília que moravam no Mato Grosso do Sul.

A PF aponta que Portela é amigo próximo de Bolsonaro, com quem serviu junto em Nioaque (MS) na década de 1970. O suplente de Tereza Cristina esteve no Palácio do Alvorada ao menos 13 vezes somente em dezembro de 2022.

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Núcleo de oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos - Metrópoles

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Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral

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Em uma mensagem cifrada enviada no dia 26 de dezembro de 2022, Portela chegou a cobrar Mauro Cid sobre a realização do “churrasco”, como o grupo costumava se referir ao golpe.

Segundo o amigo contemporâneo de Bolsonaro na época do Exército, os financiadores dos atos antidemocráticos, chamados por Portela de “o pessoal que colaborou com a carne”, estavam cobrando que a ação saísse do papel.

Apesar da ligação com a trama golpista, que envolveu até mesmo a possibilidade de assassinar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, o Tenente Portela não foi incluído na lista de indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado.

O relatório final foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para analise da consistência das provas.

Bolsonaro e outros envolvidos no inquérito negam as acusações da PF. 

 

 

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