A Apple está ampliando suas estratégias ambientais com investimentos em plantações de eucalipto no Cerrado brasileiro, como parte de sua meta de alcançar emissões líquidas zero até 2030. O foco da iniciativa é a geração de créditos de carbono a partir do reflorestamento, com o objetivo de compensar emissões e promover a recuperação ambiental.
O principal investimento da empresa no país é o Projeto Alpha, administrado pelo Timberland Investment Group, ligado ao banco BTG Pactual. A ação integra o Restore Fund, fundo de US$ 200 milhões criado em parceria com Goldman Sachs e Conservation International, e tem como proposta transformar antigas fazendas de gado em áreas de florestas plantadas, combinando produção de madeira e restauração de vegetação nativa.
O projeto prevê um modelo de uso do solo baseado na proporção de 50% entre eucaliptos cultivados e áreas destinadas à recuperação da vegetação original, superando os limites legais de preservação ambiental. Além da captura de carbono, a iniciativa busca contribuir para a recomposição da biodiversidade local e a reconexão de habitats fragmentados.

O uso do eucalipto é considerado estratégico por sua alta capacidade de sequestro de carbono, crescimento acelerado e potencial para uso industrial, como na produção de celulose, papel e madeira. Essas características tornam a espécie atrativa para empresas com prazos definidos para atingir metas climáticas, como Apple e Microsoft.
A Apple afirma já ter compensado 700 mil toneladas de dióxido de carbono por meio de seus projetos ambientais, mas reconhece que precisará atingir a marca de 9,6 milhões de toneladas anuais até o fim da década para alcançar sua meta de neutralidade. Nesse cenário, o reflorestamento com espécies de rápido crescimento se apresenta como um instrumento relevante para o cumprimento das exigências climáticas corporativas.
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