Laurent Espinasse, engenheiro de armamento, é Vice-Presidente Executivo (EVP) de Submarinos do Naval Group. Como parte de um relatório sobre propulsão nuclear publicado pela Comissão de Energias Alternativas e Energia Atômica da França (CEA), na La Revue du CEA, ele falou sobre diversos impressionantes programas franceses de construção de submarinos nucleares, em cooperação com todos os atores da defesa.
“O programa Barracuda, que prevê a construção de seis submarinos de ataque de nova geração movidos a energia nuclear (SSN), envolve a divergência de um reator nuclear a cada 18 meses. Um ritmo impressionante! E, ouso dizer, bastante único no mundo, tanto na indústria nuclear militar quanto civil. Entregamos o terceiro SSN, Tourville, no final de 2024, e pretendemos transferir o quarto, De Grasse, para a instalação de lançamento na primavera de 2025.
O Naval Group é o contratante principal e responsável pela produção e manutenção dos navios movidos a energia nuclear, bem como por seu desmantelamento e desativação. O navio e seu reator são projetados em paralelo, já que estão estreitamente integrados. Mantendo em mente as necessidades da Marinha Francesa, trabalhamos para aperfeiçoar o projeto junto com a Marinha, a TechnicAtome, o CEA e a Direção Geral de Armamento (DGA) — parceiros com os quais temos orgulho de colaborar. O sucesso do programa depende da expertise de cada parceiro e de um excelente nível de cooperação ao longo do tempo. Esses programas estratégicos, sejam de construção nova ou de manutenção, nos permitem demonstrar nossa capacidade de trabalho coletivo com base nas competências de cada entidade.
Com relação aos submarinos lançadores de mísseis balísticos de terceira geração (SSBN), o primeiro contrato foi formalizado no início de 2021, e atualmente estamos fabricando os componentes do primeiro reator em nossa unidade de Nantes-Indret. Esses serão os maiores submarinos nucleares já construídos pelo Naval Group — uma façanha técnica fenomenal! Dadas as agendas, estaremos projetando esses SSBN de terceira geração em paralelo com o futuro porta-aviões de nova geração (PA-NG). Os submarinos devem ser lançados por volta de 2037, e o PA-NG está previsto para entrar em serviço ativo em 2038.
Este último evoluirá do ponto de vista técnico, com a transição para um modelo de reator mais potente e mais compacto, o que exigirá o desenvolvimento de novas ferramentas e uma mudança de escala. Do nosso ponto de vista em 2025, o ano de 2038 pode parecer distante, mas está logo ali! Junto com a transformação das instalações industriais em nossos sites de Nantes-Indret e Cherbourg, também lançamos uma campanha de atração de talentos para recrutar e treinar funcionários internamente, já que a propulsão nuclear exige competências altamente específicas.”
FONTE: Naval Group
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