Tarcísio: apoio maciço dos empresários em Nova York

Conheci o governador Tarcísio de Freitas em 31 de março de 2022, o primeiro dia de sua vida como candidato ao governo de São Paulo. Fizemos uma entrevista que somou mais de um milhão de views nas diversas plataformas sociais (somente no YouTube ultrapassamos a marca de 850 000 visitas). Naquela data, o então candidato e ex-ministro tinha 3% das intenções de voto entre os eleitores paulistas.

Como se sabe, sua trajetória foi vitoriosa. Ele hoje comanda o Palácio dos Bandeirantes e seu nome é constantemente lembrado para concorrer à presidência da República nas eleições de 2026. Há ainda algumas condições que precisam ser resolvidas para que isso ocorra, mas sua preferência é tentar a reeleição.

No que depender do empresariado, porém, ele deveria se candidatar ao Planalto. Aqui em Nova York, o governador teve uma agenda concorrida. Na segunda-feira, visitou vários investidores em infraestrutura e participou do jantar promovido por MONEY REPORT, no qual foi homenageado um grupo seleto de empresários e CEOs: André Esteves, Augusto Martins, Daniel Randn, Daniel Slaviero, Ernesto Pousada, Gustavo Weneck, Jeane Tsutsui, e Vanderson Aquino, além da filantropa Geyse Diniz.

O jantar acabou e Tarcísio foi cercado pelos convidados, todos buscando fotos com o governador. Ele foi um dos últimos a ir embora, tamanho o assédio do empresariado.

O mesmo se viu no seminário promovido pelo BTG na quarta-feira, no Hotel Mandarim. Lá, ele esteve em um painel composto por ele, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e moderado pelo economista Mansueto de Almeida.

Ele começou sua intervenção falando sobre a questão fiscal do estado: “O problema é a revisão dos benefícios tributários. Uma coisa simples, mas muitos benefícios tributários já não fazem mais sentido. Já cumpriram sua finalidade, estão em excesso, já não garantem competitividade. Pelo contrário, têm um efeito de fechar a economia. Nós fizemos uma revisão e extinguimos 30% desses benefícios n estado de São Paulo. Isso representa 15% do gasto tributário. E o efeito é imediato. A gente sabe que o Estado chegou a investir somente 3% da receita corrente líquida. Agora, vamos investir 15% desta receita corrente líquida. A gente tem o maior orçamento de investimento da nossa história, e essa aliança capital público mais capital privado nos permite ter algumas ambições em termos de provisão de infraestrutura e financiamento do SUS, coisas que nos preocupavam”.

Tarcísio também falou de segurança: “A grande dificuldade que nós temos é de traduzir os números que a gente vem obtendo em sensação de segurança. Você observa que no estado de São Paulo a gente hoje tem o menor índice de homicídios da nossa história desde o início da série em 2001, a gente tem o menor índice de roubos e furtos desde o início da série histórica, a gente tem uma redução do roubo de veículos em quase 20%, do roubo de carro em 22%, mas o cidadão ele se aborrece todos os dias com aquele assalto que vem do motociclista, com o roubo de celular, e aí tem uma questão importante”.

O governador se queixou de algumas regras que acabam atrapalhando o trabalho da polícia: “Não é possível a polícia prender uma pessoa 16 vezes, 20 vezes, 25 vezes, 33 vezes pelo mesmo delito. Não é possível acontecer o que houve outro dia: um casal de idosos foi sequestrado, a polícia percebeu que dois sequestradores estavam usando o cartão daqueles idosos. Os policiais vão lá, prendem os dois, vão para o cativeiro, libertam os sequestrados, prendem os outros dois da quadrilha e apresentam os quatro ao judiciário. E os quatro são soltos, quatro sequestradores”.

Ele deu outro exemplo de trabalho policial abortado pelo Judiciário: “Uma blitz de trânsito conseguiu apreender 30 quilos de cocaína com um condutor e a justiça o liberou. Qual a razão? Aquela abordagem teria de ser conduzida como um procedimento de trânsito”.

O governador consegue falar de segurança de uma maneira que sensibiliza o eleitor e pavimenta o seu caminho para uma reeleição. Ou para um voo mais alto, se o destino assim quiser.

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