ES 500 Anos: um futuro sustentável em construção

Sustentabilidade
Sustentabilidade. Foto: Canva

*Artigo escrito por Felipe Rigoni, secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

A celebração dos 500 anos do Espírito Santo, prevista para 2035, vai além da simbologia histórica: ela é catalisadora de um movimento estratégico de reinvenção do território capixaba.

O projeto ES 500 Anos, concebido como um plano de desenvolvimento de longo prazo, articula governo, setor produtivo, academia e sociedade civil em torno de um objetivo comum – criar um estado inovador, sustentável e resiliente.

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Neste contexto, ganha destaque o Programa Capixaba de Mudanças Climáticas (PCMC), estrutura pioneira no país ao integrar mitigação e adaptação às mudanças climáticas em escala estadual e municipal.

ES 500 Anos: iniciativas sustentáveis

Com mais de R$ 2 bilhões já investidos e expectativa de ultrapassar R$ 3 bilhões até 2030, o programa impulsiona iniciativas que vão desde a descarbonização até a elaboração de planos municipais de risco e adaptação, com rigor técnico e amparo científico oferecido pela UFES.

Essa atuação estratégica coloca o Espírito Santo na vanguarda do planejamento climático subnacional.

A integração entre planos estaduais e municipais – garantida por metodologia padronizada, uso de geotecnologias e sensoriamento remoto – assegura uma leitura territorial apurada, que permite alinhar diagnósticos, ações e investimentos com precisão cirúrgica.

Em um cenário onde eventos extremos tornam-se cada vez mais frequentes, essa sinergia é vital para fortalecer a resiliência local e a capacidade adaptativa dos municípios.

Inspirando-se em pensadores como Yuval Harari, que destacam o papel do planejamento de longo prazo para a sobrevivência da espécie humana, o projeto ES 500 Anos assume uma abordagem rara em políticas públicas: pensar o futuro com profundidade.

Planejamento orientado por missões

Trata-se de um planejamento orientado por missões, que antecipa crises climáticas e sociais, transforma desafios em metas claras e mensuráveis, e utiliza a tecnologia não como fim, mas como meio para proteger pessoas, ecossistemas e modos de vida.

Nesse processo, a Comunidade ES500, plataforma digital de participação popular, permite que o planejamento não seja um privilégio técnico, mas uma construção democrática e contínua.

É o Estado reconhecendo que a sustentabilidade só é real quando nasce do diálogo entre ciência, gestão pública e saberes locais.

Felipe Rigoni. Foto: Governo do ES

O Espírito Santo, assim, projeta-se como um laboratório de políticas climáticas inovadoras no Brasil. Um estado que não espera o futuro acontecer – planeja, antecipa e constrói.

Ao fazer do clima um eixo estruturante de seu desenvolvimento, o projeto ES 500 Anos não apenas honra a história capixaba, mas redefine o papel das políticas públicas no enfrentamento da maior crise da contemporaneidade: o colapso ambiental.

Neste horizonte, o futuro não é um acaso. É uma escolha. E o Espírito Santo já fez a sua.

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