
Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, 182 mil mortes femininas foram causadas por doenças cardiovasculares, no Brasil. Este número representa 47,2% dos registros, sendo a principal causa de morte de mulheres no país.
Apesar dos dados, muitas pessoas ainda associam o risco cardíaco à saúde dos homens. Para chamar atenção para uma das principais ameaças à saúde feminina, o dia 14 de maio é considerado o Dia Nacional de Conscientização sobre as Doenças Cardiovasculares em Mulheres.
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Mas o que muitos ainda não sabem é que o estilo de vida acelerado e a rotina atarefada, podem estar diretamente ligadas ao número alarmante de doenças vasculares entre mulheres.
O impacto da rotina nas doenças cardiovasculares
Muitas mulheres enfrentam rotinas atarefadas, acumulando funções na vida pessoal e profissional. Segundo o cardiologista Jansem Bonfim, essa jornada traz desafios extras para a saúde do coração.
O acúmulo de funções, que inclui carreira profissional, maternidade e gestão da vida doméstica, tem levado muitas brasileiras a situações de estresse crônico, má alimentação, noites mal dormidas e sedentarismo.
Dados recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelam que apenas três em cada dez mulheres praticam atividade física regularmente, mesmo diante de evidências que a prática reduz de 20% a 40% o risco de doenças do coração.
Sinais de alerta não devem ser ignorados
Já o cardiologista Bruno Ceotto ressalta que alguns sintomas atípicos, podem ser um alerta para os problemas cardiovasculares, mas, muitas vezes, acabam sendo ignorados.
“Cansaço fora do normal, desconfortos recorrentes e sensação de aperto no peito não devem ser normalizados. Quanto antes o diagnóstico for feito, maior a chance de evitar complicações graves ou fatais”, orienta.
Além disso, ele explica que a maioria das doenças cardiovasculares podem ser prevenidas, com algumas atitudes de rotina. São elas:
- Manter uma alimentação equilibrada;
- Controlar a pressão arterial;
- Abandonar o tabagismo;
- Praticar atividade física;
- Manter o controle do colesterol e da glicemia.
“A saúde do coração começa no autocuidado. Não se trata apenas de viver mais, mas de viver com qualidade. Uma mulher que cuida de si mesma é também um pilar de proteção para sua família”, completa Bonfim.