O que são homicídios ocultos, mortes que caíram 60% em 5 anos em Santa Catarina

Homicídios ocultos em SC caíram 60% em cinco anos, foto mostra sombra de arma apontada para pessoa com mãos para cima

Homicídios ocultos em SC caíram 60% em cinco anos – Foto: Maxim Hopman/Unsplash/ND

Santa Catarina reduziu em 60% o número de homicídios ocultos entre 2018 e 2023, apontou o Atlas da Violência nesta segunda-feira (12). Conforme o relatório, homicídios ocultos são mortes violentas; cujas causas não foram solucionadas, mesmo com indícios que apontem para assassinato ou suicídio.

O estudo é feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Conforme o relatório, foram registrados 245 homicídios não solucionados em cinco anos e 355 em dez.

A pesquisa aponta que o Estado ficou abaixo da média nacional, com uma redução de 32% em cinco anos nesse tipo de morte. A redução mais expressiva na taxa de mortes por 100 mil habitantes ocorreu entre 2022 e 2023, quando as vítimas caiu de 51 para 17, uma queda de 71,4%.

Conforme o Atlas da Violência, a partir de 2016, Santa Catarina e outros estados registraram uma redução sistemática nos indicadores de crimes. A SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado) foi procurada para se pronunciar a respeito dos dados, não havia se manifestado até a publicação da matéria.

Quatro estados concentram mais da metade dos homicídios ocultos em cinco anos

Segundo o Atlas da Violência, 8,6% das mortes violentas ocorridas no Brasil entre 2013 e 2023 não foram solucionadas.

“Isto é, neste período, 135.407 pessoas morreram de morte violenta sem que o Estado conseguisse identificar a causa básica do óbito, se decorrente de acidentes, suicídios ou homicídios, constituindo as chamadas MVCI (Mortes Violentas por Causa Indeterminada)”, explicou o documento.

O estudo mostra que o número de homicídios ocultos aumentou consideravelmente a partir de 2018. Desde então, quatro estados concentraram 66,4% das mortes não solucionadas: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

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