8/1: MPF arquiva inquéritos que apuravam responsabilidades de Anderson Torres e Ibaneis Rocha


Advogados do ex-secretário de Segurança dizem que ‘independência funcional e o alto nível técnico’ demonstraram inocência de Torres. G1 tenta contato com defesa do governador do DF. Criminosos são vistos através de janela vandalizada do Palácio do Planalto, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023
Adriano Machado/Reuters
O Ministério Público Federal (MPF) arquivou inquéritos que apuravam as responsabilidades do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sobre os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro do ano passado.
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De acordo com a defesa de Torres, “a independência funcional e o alto nível técnico do Ministério Público Federal foram decisivos para demonstrar a inocência do ex-ministro Anderson Torres, em relação aos lamentáveis atos do 8 de janeiro”.
O g1 tenta contato com a defesa de Ibaneis Rocha.
Torres é investigado por suspeita de omissão e conivência com os atos de vandalismo em Brasília. À época, ele era o secretário responsável pela segurança na capital federal. Torres nega as acusações.
Ele foi preso em 14 de janeiro e solto em 11 de maio, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o ex-secretário cumpre medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e necessidade de comparecimento semanal à Justiça.
Já o governador Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por determinação de Moraes após os ataques. Inicialmente, o ministro determinou o afastamento por 90 dias. No entanto, aos 66 dias da medida — período em que o governo foi assumido pela vice-governadora, Celina Leão (PP) — Ibaneis pode voltar ao cargo.
Na decisão que define o arquivamento do caso envolvendo o governador da capital, o procurador Carlos Henrique Martins Lima afirma que “ao longo do dia 08, Ibaneis Rocha buscou se manter informado da situação da manifestação, recebendo relatos do Secretário Adjunto de Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira”.
“Logo, não é possível atribuir a Ibaneis Rocha uma ação ou omissão que tenha dado ensejo às invasões às sedes do Congresso Nacional, do STF e do Palácio do Planalto no dia 08/01/2023”, afirma o procurador.
Essa reportagem está em atualização
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