Laboratórios para pesquisa de agentes infecciosos da Unifor iniciam atividades


A estrutura dos laboratórios NB3 e NBA3 foi concebida para o manuseio seguro de patógenos que causam enfermidades como Covid-19, melioidose, Aids e tuberculose. Os laboratórios NB3 e NBA3 pertencem ao Núcleo de Biologia Experimental (NUBEX) da Vice-reitoria de Pesquisa da Unifor
Ares Soares
Após um período de planejamento e desenvolvimento intenso, os laboratórios NB3 e NBA3 do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex), vinculado à Vice-reitoria de Pesquisa, estão agora integralmente preparados para dar início às atividades de pesquisa. Com o equipamento, a Unifor consolida sua posição de vanguarda e se estabelece como um dos principais centros de pesquisa, assumindo um papel significativo na luta contra doenças de grande mortalidade e que são endêmicas na região.
“Esses laboratórios são parte de um investimento da Fundação Edson Queiroz, mantenedora da Universidade de Fortaleza, refletindo nosso compromisso com a excelência acadêmica e com a responsabilidade social. Ao possibilitar investigações em um ambiente seguro, a Unifor não apenas promove o avanço do conhecimento científico, mas também reforça seu papel na formação acadêmica de profissionais altamente qualificados e conscientes das práticas de biossegurança, seja no âmbito da graduação ou da pós-graduação”, destaca o reitor da Unifor, professor Randal Martins Pompeu.
As instalações deste equipamento de última geração estão aptas para manipular agentes biológicos de classe 3, microrganismos que representam alto risco individual e exigem um nível de contenção avançado. Concebidos especificamente para o manuseio seguro de patógenos que apresentam risco de desencadear enfermidades sérias ou potencialmente letais, tais como Covid-19, melioidose, Aids e tuberculose, os laboratórios desempenham um papel crucial no progresso do conhecimento científico e nas estratégias de enfrentamento dessas moléstias.
De acordo com o professor Milton Sousa, vice-reitor de Pesquisa da Unifor, o início das atividades nos laboratórios NB3 e NBA3 é um marco para a Unifor e para a comunidade científica do Brasil, demonstrando que a instituição está preparada para enfrentar os desafios contemporâneos da saúde pública com recursos e expertise.
“Os laboratórios são plataformas ideais para colaborações internacionais, atraindo pesquisadores e fundos de instituições globais, o que enriquece o intercâmbio científico e potencializa os resultados das pesquisas. Com isso, a Unifor reafirma seu compromisso com a pesquisa de ponta e com a saúde da população, exercendo um impacto significativo tanto a nível regional quanto global”, reforça Milton.
Estrutura
Segundo a professora da graduação em Farmácia e do Mestrado em Ciências Médicas da Unifor, Ana Cristina Moreira, que coordena o Nubex, a estrutura do biomódulo NB3/NBA3 conta com dois laboratórios para a manipulação segura e controlada de bactérias e vírus (NB3) e um biotério avançado (NBA3), onde animais de experimentação podem ser infectados e mantidos sob rigorosas condições de segurança. Os espaços são projetados para garantir a máxima segurança dos pesquisadores e do meio ambiente, cumprindo com os protocolos de biossegurança que previnem a liberação acidental de patógenos.
O equipamento constitui um espaço multiusuário projetado para a execução de experimentos in vitro no laboratório NB3, ao passo que o NBA3 é especializado em pesquisas in vivo, oferecendo a capacidade de monitorar os impactos de agentes patogênicos em modelos animais. “A diferenciação funcional destes ambientes evidencia o empenho da Unifor em fomentar investigações científicas que perpassam desde o âmbito da pesquisa básica até o desenvolvimento de aplicações clínicas, promovendo, dessa forma, progressos significativos nas ciências da saúde, biologia e biotecnologia”, explica a docente.
As instalações dos laboratórios foram cuidadosamente projetadas para atender aos mais rigorosos padrões de biossegurança
Ares Soares
As equipes técnicas dos laboratórios são compostas por especialistas altamente qualificados, que receberam treinamento especializado e estão equipadas com conhecimento e habilidades necessárias para conduzir pesquisas de alto risco com eficiência e segurança. Todo o pessoal envolvido passou por programas intensivos de capacitação em biossegurança, procedimentos operacionais padrão e manejo de emergências relacionadas a patógenos de alta consequência.
Com a infraestrutura e a equipe técnica prontas, os laboratórios NB3 e NBA3 estão agora aptos a iniciar uma série de projetos de pesquisa importantes. Esses projetos visam avançar no desenvolvimento de tratamentos, vacinas e diagnósticos para diversas doenças infecciosas que afetam a população, bem como contribuir significativamente para a saúde pública do Estado e do País.
“Em resumo, os laboratórios passam a ser peças fundamentais no ecossistema de pesquisa e saúde pública, com perspectivas que incluem avanço científico, preparação para emergências sanitárias, colaborações internacionais, educação avançada, desenvolvimento econômico e contribuições significativas para a saúde global. Estamos ansiosos pelos avanços que serão alcançados graças ao trabalho diligente e dedicado de todos os envolvidos neste projeto ambicioso”, celebra Ana Cristina.
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