Aplicativo da XP fica o dia todo fora do ar no país inteiro

App da XP ficou fora do praticamente durante todo o dia e mesmo no início da noite apresentou estabilidade. Crédito: Reprodução

O aplicativo da XP ficou fora do ar nesta quinta-feira (8). As queixas sobre o problema começaram ainda na manhã. O site Downdetector, que monitora serviços online registrou reclamações de usuários. Nas redes sociais, clientes da corretora também se queixaram de dificuldades de acesso na plataforma.

Ao logo do dia, a empresa disse que atuou para resolver a falha. “A XP informa que está atuando com prioridade absoluta para identificar e corrigir eventuais intercorrências que possam impactar os clientes de seu ecossistema”, disse a empresa em comunicado.

No Downdetector, as notificações atingiram o pico às 11h37. Às 16h desta tarde, no entanto, o site ainda exibia relatos de instabilidades. O principal problema identificado era para realizar login na plataforma.

No X (antigo Twitter), diferentes usuários reclamaram sobre a instabilidade. Nesse sentido, muitos compartilharam a mensagem de erro exibida pela XP.

Caro cliente, estamos enfrentando indisponibilidades nos nossos sistemas e nosso time já está trabalhando para retornar o mais rápido possível. Desculpe pelo transtorno. Mensagem de erro no aplicativo da XP

No Google Trends, plataforma que mostra as tendências de pesquisas no Google, o assunto “XP fora do ar” ficou em alta. O crescimento nas buscas pelo termo ganhou força a partir de 12h.

Vazamento de dados de clientes XP

Não é o primeiro transtorno que a instituição financeira passa este ano. No final de abril, a XP informou que uma base de dados hospedada em um fornecedor externo da instituição financeira teve um “acesso não autorizado”. Nesse sentido, usuários foram vítimas de vazamento de dados, como nome, telefone, bem como e-mail. Além desses dados, vazaram também data de nascimento, CEP, estado civil, cargo e nacionalidade.

Para piorar, os clientes ainda tiveram vazadas informações sobre se haviam produtos financeiros contratados, número da conta na XP bem como saldo no mês passado. Segundo a empresa, o acesso ocorreu no dia 22 de março.

Na ocasião, a XP Investimentos disse que os recursos dos clientes e da própria instituição estão “seguros, protegidos e não sofreram qualquer tipo de impacto, inexistindo vazamento de senhas, assinaturas eletrônicas, token, credenciais de acessos ou qualquer dado que permita realizar transações financeiras”.

“Nenhuma conta de cliente, seus recursos ou sistema interno da XP foram comprometidos. Os clientes podem continuar a operar com total segurança. Não foram afetados os sistemas da XP e de qualquer empresa do grupo XP, bem como suas operações”.

XP também afirmou ter todas as medidas adicionais de segurança digital para solucionar o incidente de “acesso não autorizado” aos dados dos clientes, com o consequente bloqueio e atuação na prevenção a fraudes, além de ter informado os reguladores e as autoridades competentes.

Esquema de pirâmide

Antes desse episódio, a XP Investimentos enfrentou acusações de operar um esquema de pirâmide financeira, também conhecido como esquema Ponzi. Nesse sentido, o esquema envolveria Certificados de Operações Estruturadas (COE), conforme relatório da empresa
americana Grizzly Research.

A Grizzly alegou que a XP utilizava a venda de COE para alimentar fundos internos, como o Gladius e o Coliseu, que apresentavam retornos expressivos e baixo risco. Segundo a Grizzly,
esses fundos dependeriam da entrada contínua de novos recursos para manter os pagamentos aos investidores, característica típica de esquemas Ponzi.

Investidores que se sentiram prejudicados moveram ações judiciais contra a XP, alegando práticas abusivas. Entre elas, a venda de produtos de alto risco com promessas de proteção contra perdas. Em outras palavras, indicação de investimentos fora do enquadramento do cliente que privilegiam a remuneração dos agentes autônomos.

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