
A rede de farmácias Pague Menos reportou forte crescimento nas vendas das mesmas lojas (SSS), com avanço de 17% no primeiro trimestre, segundo análise do economista Alex André, em entrevista à BM&C News. O desempenho confirma a consolidação da companhia em regiões estratégicas como Nordeste e Centro-Oeste, mesmo em meio a um cenário competitivo e com pressão nas margens.
“A companhia comemorou o resultado, que veio com crescimento de dois dígitos no SSS e ganho de market share. O ponto negativo foi a margem bruta, que caiu, mas já foi justificado pela própria estratégia da empresa”, explicou Alex.
Segundo ele, a queda na margem se deve à maior participação de medicamentos de marca – com menor rentabilidade, mas que atraem um público de maior poder aquisitivo e abrem espaço para vendas complementares (cross-sell).
Pague Menos aposta na omnicanalidade
Outro destaque citado por Alex é a aposta na omnicanalidade, com integração de lojas físicas, site e aplicativo. Essa estratégia, embora afete momentaneamente a margem, aumenta o valor do cliente ao longo do tempo (lifetime value) e melhora a experiência do consumidor.
Apesar da alavancagem em 2,8x dívida líquida sobre Ebitda, o CFO da companhia sinalizou que o plano é reduzir esse indicador por meio da geração de caixa própria, sem acelerar a abertura de lojas. A expectativa é de crescer cerca de 30 unidades, um ritmo mais moderado se comparado às 300 lojas planejadas pela RD Saúde.
“O mercado vê com bons olhos essa postura mais conservadora, priorizando rentabilidade e geração de caixa”, destacou o economista.
Além da Pague Menos, Alex André mencionou o bom desempenho de Demil e Profarma, também do setor farmacêutico, mas que enfrentam menor liquidez na bolsa. Segundo ele, ambas apresentaram resultados sólidos no trimestre, apesar de menos visibilidade no mercado.
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