
O salário mínimo no Brasil é um tema de grande relevância, pois afeta diretamente a vida de milhões de trabalhadores e suas famílias. Em 2025, o valor foi ajustado para R$ 1.518,00, representando um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior. Este reajuste é parte de uma política de valorização que visa acompanhar a inflação e o crescimento econômico do país.
Além de servir como base para a remuneração de trabalhadores, o salário mínimo também influencia o reajuste de benefícios sociais e aposentadorias. Portanto, compreender como é calculado e seus impactos na economia é essencial para avaliar as condições de vida dos brasileiros.
Como é calculado o reajuste do salário mínimo?
O reajuste do salário mínimo é determinado por uma combinação de fatores econômicos. A política de valorização considera a inflação acumulada dos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, limitado a 2,5%. Essa metodologia busca garantir que o salário mínimo mantenha seu poder de compra ao longo do tempo.
Em 2025, a inflação e o crescimento econômico foram os principais determinantes do aumento do salário mínimo. No entanto, em casos de PIB negativo, o reajuste é baseado apenas na inflação, assegurando que os trabalhadores não percam poder aquisitivo.
Quais são os descontos aplicados?
Os trabalhadores que recebem o salário mínimo também enfrentam descontos obrigatórios em seus contracheques. Entre os principais descontos estão as contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Imposto de Renda (IR). A alíquota do INSS pode chegar a 14%, enquanto o IR é progressivo, com isenção para remunerações até R$ 2.259,20.
Além desses, outros descontos podem ser aplicados, como vale-transporte, empréstimos consignados e contribuições sindicais. No entanto, a legislação determina que os descontos não podem ultrapassar 70% do valor do salário, garantindo que o trabalhador receba uma quantia mínima para suas necessidades básicas.

Qual é o salário mínimo ideal para viver no Brasil?
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula o salário mínimo ideal para atender às necessidades básicas de uma família brasileira. Em 2024, o salário representava apenas 20,85% do valor necessário para uma vida digna, segundo o Dieese. Esse cálculo considera despesas com moradia, alimentação, saúde, educação, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.
Apesar de o salário mínimo atual não cobrir todas essas necessidades, o aumento do piso salarial é um passo importante para melhorar as condições de vida dos trabalhadores. No entanto, especialistas apontam que um aumento significativo só seria possível com um crescimento econômico sustentável e um equilíbrio macroeconômico.
Salário mínimo regional: uma alternativa viável?
A Lei Complementar nº 103/2000 permite que estados brasileiros estabeleçam salários mínimos regionais, superiores ao piso nacional. Essa prática é adotada por estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde o custo de vida e a produtividade econômica são diferentes.
O salário mínimo regional busca atender às especificidades locais, oferecendo uma remuneração mais adequada às condições econômicas de cada região. No entanto, se o piso regional não superar o nacional, os trabalhadores têm direito federal. Essa abordagem permite uma maior flexibilidade na política salarial, respeitando as diferenças regionais e promovendo a justiça social.
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