A nova diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) foi eleita em um processo completamente virtual. A chapa única, liderada por Juliana Mildemberg, atual coordenadora-geral, obteve 95,66% dos 3.401 votos válidos. A gestão toma posse no começo de junho diante de uma perspectiva de diálogo com a Prefeitura de Curitiba. A pauta de reivindicações da categoria foi entregue em 31 de março.
Com mais de 10 mil filiados, o Sismuc é um dos maiores sindicatos municipais do país. Agora, a entidade será comandada por um grupo que tem a permanência de alguns quadros e a renovação com outros profissionais. A eleição que aprovou essa composição aconteceu em um processo totalmente virtual.
De acordo com o sindicato, a Chapa 1 – “SISMUC Somos Nós”, que já estava na gestão, concorreu como chapa única e foi reconduzida à direção com 95,66% dos 3.401 votos válidos — sendo que o quórum era de 3.393. Além disso, 2,69% votaram nulo e 1,65% em branco. Também foram eleitos cinco novos membros titulares e 3 suplentes para o Conselho Fiscal, que serão responsáveis por acompanhar, zelar e fiscalizar o orçamento da entidade”.
Para a coordenadora-geral do Sismuc, Juliana Mildemberg, esse pode ser um novo momento para o sindicato. Ainda mais após a saída do prefeito Rafael Greca que, ao longo dos oito anos de gestão, não recebia as entidades e aprovou diversas leis retirando direitos.
“Nossos desafios são muitos. O primeiro deles é a confiança da categoria que decidiu nos reeleger. Temos pessoas novas na direção e mantivemos uma base. Assim, a gente não começa do zero. Ainda temos o desafio de enfrentar uma nova gestão, apesar do Eduardo Pimentel (PSD) ter sido vice-prefeito, e tornar o sindicato mais forte”, comenta Mildemberg.

Avançar nas pautas
O sindicato já notou uma diferença em relação à gestão municipal que é a abertura do diálogo. No entanto, apenas a mesa de negociação não é suficiente, na avaliação da coordenadora.
“Receber faz toda a diferença. Porém, ainda não tivemos avanço nas pautas porque existe um prazo entre a entrega e as mesas de negociação. Entregamos 31 de março e temos conversado sobre questões pontuais. Com relação à pauta, acreditamos que haja debate no mês de junho”, esclarece Mildemberg, lembrando que a pauta financeira só é feita próximo a 31 de outubro.