A Prefeitura de Balneário Camboriú realizou no sábado (3) a primeira ação de fiscalização e conscientização da Safra da Tainha 2025. A operação, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico com apoio da Guarda Municipal, abordou mais de 30 embarcações na região da Barra Sul.
Drones foram utilizados para identificar pontos estratégicos e orientar as abordagens, com foco no respeito à pesca artesanal e à tradição local. A Secretaria de Segurança e Ordem Pública conta com equipe especializada no uso da tecnologia, que tem reforçado o trabalho de fiscalização.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Nelson Oliveira, muitos dos abordados desconheciam a legislação sobre a proteção da cultura pesqueira.
“Nós pedimos a compreensão e colaboração de todos para que nesse período encontrem outros lugares para ancorar as suas embarcações, bem como os jet skis que ficam também passeando por aqui, considerando que isso atrapalha a pesca da tainha”, afirmou.
As ações foram realizadas por equipes das secretarias envolvidas, com apoio da coordenação da pesca no município. O secretário de Segurança, Evaldo Hoffmann, destacou que a iniciativa integra o compromisso da prefeita Juliana Pavan com os pescadores locais.
“Diante disso, a Secretaria de Segurança Pública desencadeou várias ações. Nós conseguimos uma embarcação com a iniciativa privada, que cedeu essa embarcação para que esteja sendo feita a fiscalização. Em determinados momentos haverá a orientação e em outros a fiscalização, pedindo para que as pessoas respeitem o defeso, que é de uma milha náutica nas praias do litoral de Balneário Camboriú”, explicou.
Neste domingo (4), a fiscalização foi ampliada para as praias Central e Taquaras, com vistoria também na Barra Norte para identificar redes ilegais próximas ao costão, que podem ameaçar lontras e tartarugas.
A Safra da Tainha começou no dia 1º de maio e segue até 31 de julho, em nove pontos da costa municipal. Mais de 200 famílias dependem da pesca artesanal, e na safra anterior foram capturadas mais de 75 mil tainhas.
Durante o período, estão proibidos o uso de jet skis, lanchas rebocadoras e embarcações motorizadas nas orlas, além de redes do tipo feiticeira, malhas, cilibrins e fisgas. Empresas náuticas disponibilizaram embarcações para o monitoramento, que conta com atuação da Guarda Municipal, Marinha e Polícia Militar Ambiental. As denúncias podem ser feitas pelo número 153.
A campanha “Mar de Tradição, Respeite o Pescador”, lançada pela Fundação Cultural no dia 30 de abril, reforça a importância da pesca artesanal, declarada patrimônio cultural imaterial pela Lei nº 4.327/2019. A Lei nº 4.874/2024 também reconhece como patrimônio material os Ranchos de Pesca da Praia de Taquaras, incluindo o “Rancho do Neu” e o “Rancho do Eládio”.
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