
Na manhã desta quarta-feira (30), uma advogada e um policial militar da reserva foram presos em Feira de Santana, durante a deflagração da Operação Skywalker, que investiga um suposto esquema de tráfico de drogas e ao comércio ilegal de armas. Segundo a Polícia Civil, a investigação aponta que a advogada teria movimentado mais de R$ 6 milhões de origem ilícita.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes locais da cidade. Os alvos são suspeitos de integrar uma rede criminosa voltada ao tráfico de drogas.

A defesa da advogada, representada pelo advogado Caio Vitor Menezes, afirmou que ainda não teve acesso à íntegra dos autos e que considera a prisão precipitada. “Enquanto advogado, sempre entendemos essas prisões, principalmente sem oitiva prévia, como algo um pouco precipitado. Ainda é cedo para emitir qualquer opinião mais concreta, pois ainda não fomos habilitados no processo”, afirmou.

Segundo ele, a prisão da advogada ocorreu sem acompanhamento de um representante da OAB, como exige o protocolo. “Ela me constituiu aqui já na delegacia. Não houve o acompanhamento da prisão em sua residência, como também, ao que tudo indica, não houve o acompanhamento por parte da OAB, o que seria uma falha no procedimento”, completou o advogado ao Acorda Cidade.

Sobre as suspeitas levantadas pela polícia, o advogado declarou: “A operação foi deflagrada hoje. Ainda é cedo para confirmar se ela é ou não responsável por movimentações ilícitas. A defesa vai se manifestar no momento oportuno, durante a instrução processual.”

Já a defesa do policial militar da reserva é conduzida pelo advogado criminalista Armênio Seixas, que também afirmou que o processo ainda está em fase de inquérito e que não teve acesso aos autos. “Fomos informados pela família e viemos acompanhar para garantir os direitos dele. Mesmo sendo policial da reserva, ele tem o direito a um processo justo”, afirmou.

Ao Acorda Cidade, o advogado disse que o cliente ficou surpreso com a prisão, embora soubesse da investigação. “Ele já havia sido alvo de apurações anteriores, mas não esperava essa medida. No interrogatório, optou por ficar em silêncio, o que é um direito dele. Vamos nos pronunciar perante o juízo, após conhecer o conteúdo das acusações.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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