A Marinha das Filipinas confirmou a presença do porta-aviões chinês Shandong (CV-17) e de seu grupo de escolta a apenas 2,23 milhas náuticas (cerca de 4,1 km) da ilha de Babuyan, no norte do país, em 22 de abril. A movimentação ocorreu em meio ao início dos exercícios militares anuais Balikatan entre as Forças Armadas das Filipinas e dos Estados Unidos, que contam com a participação de mais de 14 mil militares e se estendem até 9 de maio.
O grupo naval chinês, composto por seis navios de guerra — incluindo destróieres e fragatas — e dois navios de apoio, foi monitorado pelas autoridades filipinas enquanto navegava próximo às fronteiras marítimas do país. Segundo o porta-voz da Marinha filipina, Capitão John Percie Alcos, os navios chineses estavam realizando operações navais normais e sua passagem foi considerada “expedita”, sem parada em águas filipinas.

Apesar de a passagem estar dentro dos limites permitidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), que garante o direito de passagem inocente, a proximidade dos navios chineses com o território filipino durante os exercícios Balikatan foi vista como uma demonstração de força por parte de Pequim. O porta-voz da Marinha filipina para o Mar do Sul da China, Contra-Almirante Roy Vincent Trinidad, afirmou que, embora a presença dos navios tenha sido monitorada de perto, não foi considerada alarmante.
O Ministério das Relações Exteriores da China criticou os exercícios conjuntos entre Filipinas e EUA, classificando-os como provocativos e prejudiciais à estabilidade regional. Pequim tem reforçado sua presença no Mar do Sul da China, uma área estratégica e rica em recursos naturais, cuja soberania é disputada por vários países, incluindo as Filipinas.
Analistas observam que a movimentação do Shandong e seu grupo de escolta próximo às Filipinas é parte de uma estratégia mais ampla da China para afirmar sua presença na região e responder às alianças militares dos EUA com países do Indo-Pacífico. A situação destaca as crescentes tensões geopolíticas no Mar do Sul da China e a importância de canais diplomáticos para evitar escaladas militares.
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