
As principais bolsas internacionais encerraram o dia em alta nesta quarta-feira (23), impulsionadas pelas declarações de Donald Trump, que indicou uma possível trégua na guerra comercial com a China e descartou demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O alívio imediato nas tensões impulsionou o apetite por risco em Wall Street e também refletiu nos ativos brasileiros.
“Não é hora de guerra econômica, é hora de vantagem estratégica”, afirmou Trump durante o evento realizado no final da tarde. Ele disse ainda que pretende “reduzir substancialmente” as tarifas sobre produtos chineses, atualmente em 145%, desde que Pequim também faça concessões. “Não vamos zerar, mas vamos baixar muito.”
A mudança de tom também atingiu a política monetária. Depois de semanas de críticas ao Fed, Trump sinalizou uma trégua institucional:
“Powell está atrasado. O povo americano precisa respirar. Mas eu não vou demiti-lo.”
A declaração foi suficiente para aliviar os receios de ingerência política no banco central americano. A fala gerou reação imediata nos mercados, com os principais índices dos EUA registrando fortes ganhos.
Wall Street fecha em alta
- Nasdaq: +2,50%
- S&P 500: +1,67%
- Dow Jones: +1,07%
Investidores reagiram positivamente à possibilidade de reabertura de negociações comerciais com a China, após meses de retórica agressiva. O mercado também viu com bons olhos a preservação da independência do Federal Reserve em um momento de incerteza econômica e expectativas por cortes de juros ainda em 2025.
Ibovespa acompanha exterior e dólar recua
No Brasil, o Ibovespa seguiu o otimismo global e fechou em alta de 1,34%, aos 132.216 pontos, alcançando o maior nível desde 27 de março. O dólar comercial caiu 0,18%, cotado a R$ 5,717.
“A economia americana está sendo sufocada pela burocracia e pelos juros altos. Vamos desregulamentar e dinamizar a economia”, disse Trump, reforçando sua agenda econômica para a campanha de 2024.
Investidores ainda monitoram sinais da Casa Branca
Apesar da euforia, a porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, alertou que as tarifas sobre a China não serão reduzidas de forma unilateral, o que trouxe certa moderação nos ganhos ao fim da sessão.
A reação dos mercados nesta quarta mostra que, mesmo fora da presidência, Trump ainda influencia diretamente a política econômica e o sentimento dos investidores. A expectativa agora recai sobre os próximos discursos e movimentações da campanha republicana.
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