Paranaenses e descendentes são maioria entre população de cidade paraguaia


Cidade e arredores receberam milhares de agricultores paranaenses desde a década de 1950. Do campo paranaense ao paraguaio 2
Em uma das áreas mais produtivas do Paraguai, a imensa bandeira do país é o cartão de visita, mas basta trocar algumas palavras com os moradores para perceber que o idioma mais falado na cidade de Santa Rita não são os oficiais do país, como o espanhol e o guarani, mas sim o português.
A cidade foi fundada por imigrantes brasileiros em 1973. De acordo com dados do censo, atualmente, são aproximadamente 30 mil habitantes. Cerca de 80% da população são imigrantes brasileiros.
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Shakira Becker, locutora da rádio comunitária de Santa Rita, é neta de agricultores brasileiros, mas os pais nasceram no Paraguai. A mistura de idiomas que hoje vai ao ar na rádio é fruto de descendência que cruzou as fronteiras.
“É muito legal essa convivência, esse compartilhamento de culturas diferentes. As músicas são variadas: guarani, português, espanhol. Todos entendem e gostam. Até os brasileiros estão gostando das músicas em guarani”, conta a locutora.
Do campo paranaense para o campo paraguaio
Caminhos do Campo/RPC
A força do agro
A economia que movimenta o campo é o que garante o sustento na cidade. De uma família de agricultores paranaenses, Gerson Doerzbacher investiu no comércio.
Em Santa Rosa del Monday, ele e os três irmãos são donos de imobiliária, loteadora, fábrica de móveis e depósito de materiais de construção.
“Meus pais vieram para cá quando eu tinha três anos. Meu irmão mais velho tinha cinco anos e mais dois irmãos menores do que eu. Vieram no meio do mato, aqui em Santa Rosa tinha umas quinze, vinte casas”, relembra o empresário.
O amor pelo país se mistura com o de gratidão, mas as raízes paranaenses não são esquecidas: “Tudo o que a gente tem e construiu está no Paraguai. Temos as nossas famílias aqui, mas os nossos laços continuam no sudoeste do Paraná”, finaliza Gilson.
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