
A mineradora Vale e o consórcio Águas de Reúso de Vitória, subconcessionária da Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan), assinaram na tarde desta quarta-feira (09), um Memorando de Entendimentos (MoU) para utilização de água reciclada na Unidade de Tubarão, em Vitória.
A parceria estabelece que a Vale poderá utilizar parte da produção de uma estação que transformará esgoto em água de reúso, que será utilizada para a atividade industrial.
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A Estação de Produção de Água de Reúso (Epar) tem previsão de início de atividades para 2027, na Serra. A expectativa é que forneça pelo menos 50 litros de água por segundo para a empresa.
Segundo a Cesan a intenção é que com a utilização da água de reúso para fins industriais, a água fornecida pela companhia à mineradora seja convertida totalmente para consumo humano.
Reciclagem de água
A Águas de Reúso de Vitória é atualmente administrada pela GS INIMA Brasil, que venceu leilão de concessão em janeiro do ano passado. De lá para cá, foram investidos cerca de R$ 240 milhões na construção da Epar.
Conforme noticiado pela coluna Mundo Business, com a entrada da Vale no projeto, será feito um aditivo no contrato entre a GS Inima e a Cesan para incluir a mineradora. Este será o primeiro projeto de subconcessão de reúso do Brasil.

Com a inclusão da Vale, a mineradora também fará parte do rol de investidores para a construção da Epar.
O governador Renato Casagrande (PSB) esteve presente na assinatura do acordo. Segundo ele, com o investimento, será possível utilizar quase metade do esgoto de Vitória em água de reúso para a indústria.
Esse é um investimento de aproximadamente R$ 250 milhões com a estimativa de início das operações já em 2027. Vamos ter a capacidade de utilizar quase metade do esgoto proveniente de Vitória para se transformar em água para a indústria. Essa conquista é importante para o meio ambiente e também para o consumo humano, pois reduz a necessidade da água captada para este fim, disse.
O diretor de pelotização da Vale, Rodrigo Ruggiero, disse que a medida é um novo passo em busca de soluções mais sustentáveis para o processo industrial.
“Assinamos um protocolo de intenções com a Cesan no ano passado e, desde então, estamos realizando estudos e buscando alternativas para reduzir o consumo industrial de água potável nas atividades operacionais. Em um breve futuro, a água nova fornecida pela Cesan será somente para o consumo humano no complexo”, afirmou.