Antes de contratar um Seguro de Vida, é fundamental conhecer alguns conceitos importantes e um deles envolve as chamadas doenças preexistentes. Saber o que elas são é importante para você declarar essas condições adequadamente, garantindo a proteção prevista no contrato.
Por outro lado, esconder esses quadros pode causar diversos problemas, incluindo a falta de cobertura em caso de sinistro. Para não ficar desamparado, o melhor é se preparar e acertar na contratação.
A seguir, descubra o que são as doenças preexistentes e entenda como elas impactam o Seguro de Vida!
O que são doenças preexistentes?
As doenças preexistentes são os quadros de saúde que uma pessoa já sabe que tem antes de contratar um seguro. Portanto, esses são quadros que você já teve diagnóstico ou realizou tratamento antes da contratação. Alguns exemplos comuns incluem diabetes, hipertensão, câncer e doenças cardíacas.
O que nem todo mundo sabe é que certas condições de saúde podem influenciar as regras de um contrato de Seguro de Vida.
No caso do Seguro de Vida, algumas doenças preexistentes podem aumentar o risco de morte ou o desenvolvimento de outras enfermidades graves. Como consequência, a seguradora pode precisar pagar a indenização mais rapidamente, tornando a análise do risco um fator essencial na contratação.
Por isso, dependendo da avaliação feita no momento da subscrição, pode haver ajustes nas condições da apólice. Em alguns casos, isso pode resultar em um acréscimo no valor do prêmio (agravo) para equilibrar o risco, garantindo que a cobertura seja adequada ao perfil do segurado.
Na hora da contratação, é fundamental ser transparente e informar todas as condições de saúde conhecidas. Dessa forma, você evita problemas futuros e garante que a proteção contratada atenda às suas necessidades.
Quais são as doenças preexistentes pela ANS?
Apesar do conceito, é importante saber que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não tem uma lista fixa de doenças preexistentes. Em vez disso, a agência apenas considera que fazem parte desse grupo as condições que você sabe que tem no momento de contratar um seguro.
Apesar de não haver essa lista oficial, há algumas condições que são consideradas preexistentes e que são divididas em grandes categorias. Veja quais são:
- doenças cardiovasculares: como hipertensão, insuficiência cardíaca e arritmias;
- doenças metabólicas: como diabetes e obesidade;
- doenças respiratórias crônicas: como asma e enfisema pulmonar;
- doenças e transtornos mentais graves: como depressão severa e esquizofrenia;
- doenças oncológicas: como câncer em diversos estágios e partes do corpo;
- doenças neurológicas: como epilepsia, Parkinson e Alzheimer.
Como não há padronização por parte da ANS, é essencial consultar a política específica da seguradora. Assim, é possível preencher a Declaração Pessoal de Saúde (DPS) corretamente.
Quais são as doenças preexistentes mais comuns?
Quando pensamos em doenças preexistentes, há diferentes quadros que podem afetar a vida das pessoas. Por isso, vale a pena saber quais são as mais comuns, ainda que a ANS não apresente uma lista fechada sobre essas condições.
A seguir, entenda quais são as doenças preexistentes mais comuns!
Hipertensão
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica que se caracteriza pela elevação persistente da pressão arterial. De acordo com o Ministério da Saúde, o quadro ocorre com medições a partir de 140/90 mmHg.
No Seguro de Vida, a condição pode elevar os riscos de sinistros. Isso pode impactar o valor do prêmio da apólice ou afetar as condições de cobertura de Seguro de Vida.
Diabetes
Diabetes é uma doença metabólica que ocorre pela produção insuficiente ou má absorção da insulina. O quadro pode ser do tipo 1 ou tipo 2, dependendo do tipo de manifestação. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 13 milhões vivem com essa condição no Brasil.
Ela pode aumentar o risco de outros quadros graves, como doenças cardiovasculares, problemas de visão, insuficiência renal e mais. Logo, as condições do Seguro de Vida podem ser afetadas.
Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são condições que impactam o coração e o sistema circulatório. Entre elas estão infarto, acidente vascular cerebral e arritmias. Segundo o Ministério da Saúde, essas doenças são as principais causas de morte no Brasil e no mundo.
Em um Seguro de Vida, essas doenças preexistentes aumentam o risco de complicações graves, o que interfere diretamente nas condições da apólice.
Doenças respiratórias
As doenças respiratórias são aquelas que impactam os pulmões e as vias aéreas, conforme o Ministério da Saúde. Alguns dos quadros incluem bronquite, asma, tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Assim como acontece com as outras doenças preexistentes, essas condições podem causar diversas complicações graves. Como isso aumenta o risco de sinistro, é comum serem feitas mudanças na apólice para adequá-la a esse cenário.
Fibromialgia
A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor generalizada, fadiga, distúrbios do sono e sensibilidade aumentada em determinadas regiões do corpo. Em reportagem publicada na CNN, estima-se que essa doença afete cerca de 2,5% da população mundial, sendo mais comum em mulheres.
Embora não seja uma doença degenerativa, a fibromialgia pode impactar a qualidade de vida e a capacidade de trabalho do paciente. No contexto do Seguro de Vida, ela pode influenciar a avaliação do risco e as condições da apólice.
Câncer
O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células que afeta tecidos ou órgãos. De acordo com o Ministério da Saúde, há mais de 100 doenças que se encaixam na classificação e que costumam ser causadas por mutações genéticas.
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de vencer a doença na maioria dos casos. O tratamento envolve diversas técnicas, como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, cirurgias e outras técnicas.
Se o câncer tiver sido diagnosticado antes da contratação do Seguro de Vida, ele é considerado uma doença preexistente. Nesse caso, a apólice pode trazer riscos excluídos ou ter mudanças na cobertura, por exemplo.
Condições médicas crônicas
As doenças crônicas são condições de saúde de longa duração, que progridem ao longo do tempo e exigem atenção continuada, segundo o Ministério da Saúde.
Um exemplo é a insuficiência renal crônica. Ela se caracteriza pela perda gradual da função dos rins e pode ser causada por outros quadros crônicos, como diabetes e hipertensão.
A maioria das doenças crônicas pode apresentar períodos de agravamento e até levar à ocorrência de outros quadros de saúde. Com isso, um diagnóstico do tipo antes da contratação de um Seguro de Vida pode gerar mudanças nas condições.
Como a análise de risco considera doenças preexistentes para a contratação do Seguro de Vida?
Como você viu, a existência de doenças preexistentes pode influenciar as condições do contrato de Seguro de Vida. Em muitos casos, a seguradora avalia o risco do segurado no momento da contratação e pode aplicar um agravo à cobertura.
O agravo ocorre quando há um aumento no valor do prêmio do seguro para equilibrar o risco apresentado pelo segurado. Por exemplo, imagine Marcelo, que faz tratamento para diabetes. Dependendo da análise da seguradora, ele pode ter um acréscimo no valor do prêmio para garantir a cobertura por morte natural ou acidental.
Vale destacar que cada seguradora adota critérios próprios para essa avaliação. Além do agravo, algumas condições específicas podem levar à exclusão de determinados riscos da apólice.
Independentemente da situação, é essencial preencher a Declaração Pessoal de Saúde (DPS) com total transparência e honestidade. O Seguro de Vida é um contrato baseado na boa-fé, e omitir uma condição de saúde já conhecida pode comprometer a validade da cobertura.
Embora doenças preexistentes possam levar a ajustes na apólice, ter um Seguro de Vida continua sendo uma forma essencial de proteger você e as pessoas que ama. Gostou do assunto? Quer saber como ter mais tranquilidade frente às adversidades? Leia o artigo sobre doenças graves.
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