Mais de 800 filhotes de quelônios são devolvidos à natureza em reserva no interior do AM


Atividade faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc), implementado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). Três comunidades participaram da ação, com 23 monitores de conservação de quelônios capacitados pela Sema.
Divulgação/Sema
Comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Madeira, localizada no município de Novo Aripuanã, no interior do Amazonas, realizaram a soltura de 850 quelônios, da espécie tracajá, no sábado (27). A soltura ocorreu no Lago do Xiada, na comunidade Bela Vista.
A atividade faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc), implementado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). O projeto de soltura de quelônios envolveu as comunidades Bela Vista, São Francisco e São Marajó, totalizando 23 monitores de conservação de quelônios realizando o trabalho.
A gerente de Unidade de Conservação, Khimberlly Sena, conta que o programa segue a metodologia de soltura desenvolvida pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio do Projeto Pé-de-Pincha. “Aqui no Madeira, o período de coleta dos ovos começou no mês de agosto e foi até novembro. Os monitores vão para os tabuleiros acompanhar o período de desova”, explicou.
Nesta etapa, os monitores percorrem praias, campinas e barrancos, para fazer a coleta dos ovos e levá-los para as “chocadeiras”, que replicam o ambiente natural de desova. Por lá, os ovos ficam pelo período de dois meses.
“Quando nascem, os quelônios vão para tanques, que chamamos de ‘berçários’. Ali, os monitores separam aqueles que estão saudáveis e os que estão mais adoentados. Esse processo de levar para o berçário serve para endurecer o peito deles, o plastrão, para, quando for devolvido à natureza, eles possam ter um pouco mais de resistência para sobreviver”, completou.
A RDS Rio Madeira é uma das Unidades de Conservação Estaduais geridas pela Sema Amazonas que realizam o monitoramento das espécies de quelônios. De 2018, quando o trabalho foi iniciado, até 2023, foram, ao todo, mais de 1,9 milhão de quelônios devolvidos à natureza.
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