Vídeo: Homem que arrancou couro cabeludo e queimou corpo de companheira é transferido para o litoral de SP


Robson Perez Reis foi detido em Araçatuba (SP), transferido a Penápolis (SP) por questões de segurança e agora responderá pelo crime em Guarujá (SP), onde foi indiciado pelas agressões contra a companheira. Vídeo mostra homem que queimou companheira sendo trazido para o litoral de SP
Robson Perez Reis, de 37 anos, indiciado por queimar o corpo da companheira e arrancar parte do couro cabeludo dela, está sendo transferido do interior paulista para Guarujá, no litoral do estado. O homem havia sido detido em Araçatuba (SP) na última sexta-feira (21), mas, por questões de segurança, desde sábado (22) estava em Penápolis (SP).
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A vítima, de 41 anos, tem um relacionamento de 16 anos com Robson e, durante o período, registrou diversos boletins de ocorrência contra o agressor. Apesar disso, ela pediu a suspensão das medidas protetivas concedidas pela Justiça.
Um vídeo exclusivo, obtido pelo g1, mostra o momento em que investigadores de Guarujá colocaram o homem em uma viatura na manhã desta sexta-feira (28), na cidade de Penápolis (assista acima).
Segundo o delegado Glaucus Vinícius Silva, titular da Delegacia Sede de Guarujá, a transferência de Araçatuba para Penápolis aconteceu no dia seguinte à prisão, após a audiência de custódia, de forma preventiva.
“[É o] procedimento padrão adotado em casos graves e de repercussão”, explicou.
Tentativa de feminicídio aconteceu em Guarujá (SP), mas indiciado foi preso em Araçatuba (SP)
Reprodução e Arquivo pessoal
Policiais de Guarujá foram designados para escoltar o autor até o litoral paulista, onde deve ser apresentado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). “Já estão na estrada com a escolta aqui da Delegacia Sede”, disse o delegado.
À época da prisão, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse que a vítima foi ouvida pela autoridade policial, que também solicitou uma nova medida protetiva de urgência para ela. Ela já recebeu alta hospitalar.
Agressões
À esquerda, vítima de tentativa de feminicídio. À direita, faca encontrada na casa do casal em Guarujá, SP
Redes Sociais e Arquivo Pessoal
A delegada Edna Pacheco Fernandes Garcia, da DDM de Guarujá, afirmou que o homem agrediu a companheira brutalmente com socos pelo corpo e pauladas na cabeça, além de ter tirado o couro cabeludo dela com uma faca. De acordo com o boletim de ocorrência, o companheiro também ateou fogo na vítima.
Uma testemunha, que preferiu não ser identificada, afirmou que a mulher já teve os dentes arrancados com um alicate pelo homem e era mantida por ele em cárcere privado. A delegada afirmou ao g1 que ainda não teve conhecimento sobre essas informações.
Ferimentos de agressões anteriores sofridas pela mulher em Guarujá, SP
Arquivo Pessoal
Socorro
De acordo com a testemunha, a vítima tem dez filhos, sendo que seis são frutos do relacionamento com o autor das agressões. “Ela ficava trancada no quarto. O filhinho dela, de cinco anos, abriu a porta e mandou ela fugir”, afirmou.
A Polícia Militar foi acionada por uma enfermeira de um hospital para uma ocorrência de violência doméstica no último dia 9. Ao chegar no local, a vítima relatou aos agentes que foi agredida pelo companheiro dois dias antes e procurou atendimento médico por meios próprios.
Segundo o BO, a mulher estava com queimaduras na cabeça, tórax, braços e ombros, além de hematomas e cortes pelo corpo. Em nota, o hospital informou que a vítima também apresentava fraturas no fêmur direito e no braço esquerdo, além de um ferimento no crânio com exposição óssea.
Testemunha diz que vítima de tentativa de feminicídio ficava em cárcere privado em Guarujá, SP
Arquivo Pessoal
A unidade de saúde acrescentou que ela não precisou passar por cirurgia e foi internada em leito de enfermaria, onde permaneceu orientada e com o quadro de saúde estável. O hospital destacou que a mulher está sendo assistida pela equipe médica e também do serviço psicossocial.
Conselho Tutelar
Também por meio de nota, a Prefeitura de Guarujá informou que só tomou conhecimento da tentativa de feminicídio após uma denúncia anônima feita na Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal (GCM), no último dia 14. Desde então, os guardas acompanham a paciente no hospital.
Ainda de acordo com a administração municipal, o Conselho Tutelar e a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania também acompanham o caso. As pastas constataram que os filhos menores de 12 anos estão sob guarda de familiares.
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