Relembre caso do relógio histórico destruído no 8/1

O relógio de Balthazar Martinot, destruído durante a invasão aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, foi devolvido ao Palácio do Planalto, nesta terça-feira (7/1).

O relógio passou quase dois anos em manutenção e agora a expectativa é que o objeto seja reintegrado ao acervo do Planalto nesta quarta-feira (8/1), quando uma série de solenidades será realizada para lembrar a força da democracia e o estrago causado há dois anos.

Na ocasião, o item restaurado será finalmente exibido.

O autor da depredação, Antônio Cláudio Alves Ferreira, foi condenado a 17 anos de prisão, em julgamento que ocorreu em junho de 2024. Antônio foi filmado derrubando a peça histórica no chão.

O relógio quebrado é uma obra de Balthazar Martinot, feita de casco de tartaruga e de um bronze especial, que fica em exposição no Palácio do Planalto. Ele foi trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808.

Condenação

Em dezembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes  determinou o início imediato do cumprimento de pena de Antônio Cláudio Alves Ferreira.

Moraes determinou que o cumprimento da pena ocorra, inicialmente, em regime fechado e que a ação penal será encerrada, pois não há mais recursos espaço para pedidos de recurso contra a condenação.

O homem já estava preso no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia (MG). O tempo que cumpriu será descontado da pena definitiva. Na decisão, Alexandre de Moraes determinou a comunicação da ordem ao diretor da unidade prisional.

O julgamento teve início em junho de 2024, quando os ministros do STF avaliaram a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou o envolvimento de Antônio nos atos de 8/1. Além do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF também foram invadidos pelos manifestantes.

Ele foi condenado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A ação penal contra ele será transformada em procedimento de execução penal. Moraes determinou, ainda, que ele deve passar por exames médicos oficiais para iniciar o cumprimento da pena.

Veja o vídeo da depredação

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