Adele x Toninho Geraes: compositor suspeita de assinatura falsificada em processo

Em mais um capítulo do processo de plágio que envolve as canções Mulheres e Million Years Ago de Toninho Geraes e Adele respectivamente, a defesa do compositor brasileiro chegou a protocolar uma notícia-crime e um incidente de falsidade processual em decorrência de suspeitar de assinaturas falsas no referido caso.

Agora, a perícia responsável pelo caso vai analisar as tais assinaturas. Há uma desconfiança de que Adele não esteja sabendo do processo.

O jornal O Estado de São Paulo tentou contato com a Universal Music, com o compositor Greg Kurstin e com a Beggars Group – selo responsável pelo single – para que houvesse algum pronunciamento pelas partes, mas não conseguiu nenhum retorno.

Para que não haja confusão, Adele é uma artista da Sony Music Entertainment e seus álbuns são lançados atualmente pela Columbia Records, selo de propriedade da empresa.

No que se diz respeito à Universal Music, a cantora pertence à parte de publishing da gravadora, ou seja, o braço de publicação da mesma. Suas músicas são de direito da Sony, enquanto que a publicação de suas obras musicais são da Universal Music Publishing.

Fredímio Biasotto Trotta, advogado do compositor Toninho Geraes, observou sinais de adulteração com rabiscos, riscos e entrelinhas manuscritas, como divulgado pelo Estadão Conteúdo.

Outro ponto que gerou desconfiança por parte de Trotta, é que o local impresso no documento era São Paulo, mas não há nenhuma evidência de que Adele tenha estado recentemente no Brasil.

A equipe de Toninho Geraes também analisou as assinaturas de Adele por meio de autógrafos, entre outros documentos, e observou que havia divergências.

Para complicar ainda mais a situação, o corpo jurídico do compositor brasileiro solicitaram a investigação do caso por temerem uma possível anulação do processo. Isso poderia acontecer se Adele alegasse que não estaria representada oficialmente pelos os que atuam a seu favor neste processo.

“Se Adele, Greg e Beggars não sabiam, também são vítimas. Se Sabiam, são cúmplices”, comentou o advogado Fredímio Biasotto Trotta.