Apple pagará US$ 95 milhões a pessoas que foram espionadas pela Siri

O acordo abrange proprietários de dispositivos Apple habilitados para a Siri MIGUEL MEDINA

A Apple concordou em pagar US$ 95 milhões para encerrar um processo coletivo relacionado à privacidade da Siri. O acordo foi firmado em resposta a acusações de que a empresa teria gravado edivulgado conversas privadas de usuários sem o seu consentimento.

A proposta precisa ainda ser aprovada por um juiz, e os pagamentos aos beneficiários podem variar conforme o número de reclamantes. 

O acordo abrange proprietários de dispositivos Apple habilitados para a Siri entre 17 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2024. Para ser elegível, o usuário deve ter ativado acidentalmente a Siri durante uma conversa confidencial ou privada.

Os pagamentos poderão chegar a até US$ 20 por dispositivo, com um máximo de cinco dispositivos por pessoa. No entanto, os valores podem ser ajustados com base na quantidade de reclamantes que se qualificarem para o benefício. 

A ação coletiva foi movida após um relatório do The Guardian, em 2019, revelar que contratados da Apple ouviram informações confidenciais de usuários.

Entre as gravações acidentais estavam informações médicas, conversas íntimas e discussões privadas, que foram ativadas por gatilhos acidentais, como sons ambientais.

Os demandantes afirmam que os dispositivos da Apple, como iPhones, gravaram conversas sem que os usuários proferissem a palavra de ativação da Siri. 

Em sua defesa, a Apple reconheceu que apenas uma pequena parte das gravações foi passada para os contratados. A empresa também fez um pedido formal de desculpas e anunciou que não manteria mais gravações de áudio de conversas dos usuários.

Outras empresas enfrentam o mesmo problema

O caso contra a Apple ocorre ao mesmo tempo em que outras grandes empresas de tecnologia, como Google e Amazon, também enfrentam críticas por práticas semelhantes relacionadas à privacidade de usuários. No caso do Google, um processo semelhante está pendente.

A Apple, no entanto, não admitiu culpa no acordo, mas buscou resolver a questão por meio do pagamento aos afetados.

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