Sucesso na TV, Duda Santos abre o coração e revela projetos para 2025

A atriz Duda Santos abriu o coração em uma entrevista exclusiva para a coluna Fábia Oliveira. Aos 23 anos, ela vive um dos momentos mais marcantes de sua carreira como protagonista da novela Garota do Momento.

No bate-papo com a coluna, Duda refletiu sobre o aprendizado intenso ao dar vida à personagem Beatriz, uma jovem cheia de força e personalidade, enquanto celebra as conquistas de 2024, ano que descreve como “um sonho realizado”. Além disso, a atriz compartilhou seus planos para 2025, incluindo novos projetos no cinema e o desejo de realizar sua primeira viagem internacional.

Duda Santos também falou com paixão sobre a representatividade de sua trajetória. Como uma atriz preta em evidência, ela se sente honrada em inspirar outras jovens e reforçou a importância de abrir espaço para histórias diversas na televisão brasileira.

A atriz ainda nos deu um gostinho do que está por vir. Ela confirmou um papel desafiador em um longa-metragem onde interpretará uma funkeira, explorando as nuances da cultura do funk e os dilemas familiares da personagem. E, quando questionada sobre seu maior desejo para o próximo ano, Duda Santos escolheu uma palavra que reflete sua essência: amor.

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Ela interpretou Santinha no remake de Renascer

Ela é protagonista de Garota do Momento, novela da Globo
Duda Santos interpreta Beatriz em Garota do Momento
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Ela interpretou Santinha no remake de Renascer

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Leia a entrevista completa com Duda Santos:

O que você espera para 2025, tanto na vida pessoal quanto na profissional? Quais são os planos?
Eu olho para 2024 com muito amor e gratidão. Eu me preparei muito para chegar onde estou agora. Isso é motivo de muita alegria e muita celebração. A renovação dos sonhos motiva o ser humano, eu sei. Mas diante de tanta realização, especialmente no campo profissional, me deixa em um estado de agradecer mais do que pedir.

2025 começa dando continuidade a este trabalho lindo e especial, Garota do Momento. E tudo o que vem com ele! Tem a minha realização pessoal, o meu momento com essa protagonista cheia de força e amor, que tem me ensinado muito, dia após dias. Depois da novela, deve vir um longa maravilhoso que está enchendo o meu coração de ansiedade para recebê-lo, porque a personagem que interpretei é diferente de tudo o que eu já fiz.

Na vida pessoal, acho que vou realizar um sonho que é fazer a minha primeiro viagem internacional. Eu nunca saí do país, mas tenho muita vontade de viver essa experiência.

Há algum projeto para o próximo ano que possa nos adiantar ou dar um spoiler?
Sim! Um longa que eu acho que as pessoas vão adorar! Faço uma funkeira! Ela é cheia de personalidade e retrata um pouco da realidade das mulheres no funk. Além disso, ela vive um forte conflito familiar, em especial, com a mãe dela. Há outros projetos a caminho, mas ainda não posso contar.

Se pudesse resumir seu maior desejo para 2025 em uma palavra, qual seria e por quê?
Eu sempre vou escolher o amor. O amor fortalece, o amor encoraja, o amor salva. Seja o amor na sua mais genuína forma, o amor universal; ou até mesmo o amor visceral, que une pessoas, propósitos. A gente precisa se amar para conseguir amar o outro, por exemplo. Amar o que a gente faz. Amar o que a gente gostaria de ser e o que somos. O amor perdoa. O amor acolhe. O amor protege. O amor nos deixa mais empáticos e pacientes. Acho que essa é a palavra, não de 2025, mas que me acompanha desde que me entendo como pessoa, como mulher preta, como atriz.

Você é do tipo que faz metas para o ano novo que começa ou do tipo que deixa as coisas acontecerem?
Olha, a vida tem me surpreendido tanto que eu parei de planejar tanto. Eu lido com o que eu tenho em mãos, que me dá um esboço do plano de voo que devo seguir. Por exemplo, eu tenho a novela que começa me acompanhando desde o comecinho do ano. O meu “fechamento” é com essa Garota do Momento, com a minha querida Beatriz. Mas eu também não me fecho para as coisas que o universo possa me trazer.

O meu encontro com o teatro se deu desta forma, como um encontro que o destino traçou sem a minha permissão. E eu sou completamente grata por isso, por ter acontecido desta forma. Foi assim que tive a chance de fazer o teste para Malhação e que, com a cara, a coragem e um forte desejo de conseguir fazer parte disso tudo, tive a primeira oportunidade de atuar na minha vida. Não foi nada planejado! Nada! Tanto que quando recebi a ligação dizendo que eu havia passado, demorei para acreditar.

Como você enxerga sua evolução na carreira até agora e nos próximos anos?
A cada conquista, sinto uma motivação gigante para melhorar mais, para crescer mais, para estudar mais. Quero ter a segurança de olhar para a minha trajetória, em qualquer momento da minha caminhada, e ter orgulho. Saber que eu me dediquei plenamente aos projetos que abracei e que abraçarei. Tive oportunidades maravilhosas até agora e que ensinaram e ajudaram a escrever o meu caminho por atriz. Eu enxergo essa evolução com muita alegria, seriedade e entrega.

E tem um fator a mais, muito importante, que é viver esse momento histórico de poder fazer parte do trio protagonista das novas da Globo. Esse capítulo, que eu não estou escrevendo sozinha, para a minha profunda alegria, é a cereja do bolo nessa evolução sobre a qual estamos falando.

Como você avalia o ano de 2024 na sua vida pessoal? E profissionalmente, qual foi o momento mais marcante?
Foi um ano que eu defino como o sonho que eu sempre sonhei. Eu me refiro à Garota do Momento, à Beatriz. E isso é tão grandioso que refletiu diretamente na minha vida pessoal. Virou tudo uma coisa só! Mas eu tenho algo, na minha vida pessoal, que marcou 2024: eu passei a morar sozinha. Eu sou muito ligada à minha família. A minha mãe, Rafaela, é a minha melhor amiga. Quando a gente sai de casa, as relações se modificam e, na maioria das vezes, amadurecem e se tornam mais serenas. Acho que venho vivido isso com minha família. Apesar da saudade, ter os momentos de silêncio, de reflexão, está me ajudando a crescer.

Algum aprendizado ou lição que pretende levar de 2024?
Nossa, são tantos aprendizados! Eu não posso, em um país como o nosso, falar para as pessoas que todos os sonhos são possíveis. Mas chegar onde estou hoje é a prova de que outras tantas meninas como eu podem ocupar os espaços que desejarem. Eu fico em estado de graça quando uma criança preta, uma menina preta vem até mim e vê em mim uma realidade para encorajá-la. Mas eu volto a dizer que isso não é algo que eu estou vivenciando sozinha, individualmente. Eu trago muitas meninas comigo! E isso torna esse momento ainda mais prazeroso.

Uma das grandes lições é seguir em frente. É fácil? Indolor? Não! Muito pelo contrário. Mas é a luta que eu escolhi e agora não posso andar pra trás, retroceder.

Qual foi o maior desafio que enfrentou em 2024? E o maior motivo de orgulho?
Acho que um grande desafio foi tomar a decisão de sair de casa e abraçar todos os altos e baixos que vêm junto com essa escolha. Eu vivia em um lar muito harmônico, cheio de amor. Mas dar esse passo era algo importante para mim. E eu tenho a certeza de quem tudo foi feito no momento certo. Eu sei que estou sendo repetitiva, mas o meu maior orgulho foi ver a Beatriz tomando forma. Quando eu entrei no set a primeira vez, vi e senti como a Beatriz seria, como ela se vestia, como ela falava… senti um imenso orgulho de estar dando vida à esta jovem mulher tão forte, tão dona de si, tão inteira!

Existe algum gênero ou papel que você ainda sonha interpretar?
Nada que eu pense assim imediatamente. Mas eu sinto que estou dando os primeiros passos de uma carreira para a qual eu trabalharei muito para ser longa, cheia de frutos maravilhosos. Então do humor ao drama, quero experimentar tudo! Quem sabe uma vilã bem ardilosa? Ou alguém que carregue dentro de si dilemas profundos? Acho que todos os estilos, gêneros e formatos, se a história for boa, daquelas que nos prendem do começo ao fim, me atraem, me interessam.

Você sente que está no melhor momento da sua carreira?
Eu acredito muito que todos nós somos o resultado das experiências que temos, das relações que vivemos. E isso faz com que eu olhe com carinho e gratidão para tudo o que passei e pelo que venho conquistando. Então eu acho que o melhor momento é o presente, o que vivemos hoje. Por isso, sim, vivo o meu melhor momento, seja na carreira ou na vida pessoal.

Como você concilia a vida pessoal com a rotina intensa da atuação?
Fazer novela é intenso. É um projeto longo, de entrega, dedicação, comprometimento, estudo. A novela é a minha prioridade. Eu me cuido para estar totalmente disposta, descansada, bem fisicamente e mentalmente para dar conta da rotina intensa. Estabelecer prioridades é um dos métodos que venho aprendendo. Ter tempo para descansar e estudar é fundamental. Alimentação equilibrada. Quando consigo, atividade física. Nas folgas, priorizar a vida pessoal.

Como você lida com a exposição da sua vida pessoal por conta da fama?
Eu ainda estou aprendendo, mas até agora acho que tenho lidado com tranquilidade. Eu sou uma pessoa discreta, mas tenho a total compreensão de que essa vida pública é a extensão do meu ofício. O segredo talvez seja aprender a dosar o que precisa ficar na vida privada e o que pode ser dividido com o público, sem que eu me sinta invadida. A imprensa e o público são muito respeitosos comigo. Claro que às vezes é natural que tenha uma curiosidade a mais sobre a minha intimidade. Tudo bem. Faz parte do game. Acho que a única coisa que me incomodaria é se surgissem boatos, fofocas mentirosas, especialmente sobre a minha vida profissional. Construir uma carreira sólida leva tempo, esforço, suor! Por isso precisa ser preservada a sete chaves!

O que torna a sua personagem em Garota do Momento especial para você?
Ah, a Beatriz! Ela é a concentração de tanta coisa imensurável! Pessoalmente falando, é a minha protagonista. Sairei deste trabalho muito transformada, porque ela me ensina dentro e fora do set. Eu dou voz à Beatriz com o coração da Duda. E a rotina, como atriz, para mim é como fazer um intensivão. Dia após dia, cena atrás de cena. Disciplina! Por outro lado, a existência de Beatriz, interpretada por mim, uma atriz preta, guarda uma força de diversidade e representatividade. Quando esses dois pilares são valorizados, caminhamos para um mundo mais justo, mais igualitário. E saber que eu não estou vivendo esse momento sozinha, é o que mais me deixa feliz.

Como foi construir a química com Pedro Novaes para o par romântico?
Pedro é um ator maravilhoso, generoso e estudioso. Um parceiro gentil, disponível e que caminha lado a lado comigo. Fico tão feliz quando alguém vem até mim pessoalmente ou mesmo pela rede social e elogia o casal, e diz que sofre com o casal, que se diverte e se emocional com Beatriz e Beto. Acho que esse entrosamento e fruto de uma junção de coisas. Tem uma parte dessa química que é algo que não constrói, acho que ela simplesmente acontece. Mas tem outra que depende dos atores, de estarem integrados, de serem parceiros, com as cenas estudadas e ensaiadas… Nós trabalhamos muito nesse sentido. Passamos e repassamos as nossas sequências, trocamos ideia, impressões. Fazer novela não é uma caminhada solitária, individual.

O sucesso do casal na trama tem refletido nas ruas? As pessoas pedem para vocês ficarem juntos na vida real?
Sim, tem refletido sim! Muita gente fala comigo sobre a Beatriz e o Beto. Amam as cenas românticas, sofrem com os desentendimentos. E me dão dicas sobre como agir, sobre como devo tratá-lo… É tão gostoso esse retorno. Pena que durante as gravações sobra pouquinho tempo para circular pelas ruas. Esse contato, olho no olho, é tão valioso para mim. E o mais legal é que as pessoas falam da novela de maneira geral, amam a história, citam outras tramas e outros personagens. Dá um orgulho imenso de fazer parte de disso tudo. Mas não, o público sabe separar bem! A torcida é para Beatriz e Beto.

Qual foi a cena mais desafiadora de interpretar até agora?
Difícil escolher uma cena. Mas a cena em que Beatriz é acusada de furto de um sabonete mexeu muito comigo. As falas de Beatriz me trocaram genuinamente. Uma parte da Duda estava ali absorvendo aquelas palavras tão dolorosas de serem ditas, mas com gigantesca importância, ainda mais considerando que a situação acontecia na década de 50. Isso torna Beatriz ainda mais potente. Infelizmente o racismo rompeu décadas e ele ainda é uma realidade dura, que machuca, que mata. Eu emprestei muita coisa que guardo em mim para os momentos de embate com outros personagens que a confrontaram. Desconfiar de uma pessoa preta dentro de uma loja? Acontece a tempo, em todo lugar.

Como você vê o impacto das suas personagem na representatividade na televisão brasileira?
Eu vejo que vivemos um momento único. Mas dia desses uma menina preta, uma criança, estava nos
Estúdios Globo, e veio até mim para falar da Beatriz. Nesse momento eu concretizei tudo que temos falado sobre representatividade. Eu estou sendo, pelo menos para essa menina, a artista que diz pra ela: sim, vc está vendo alguém igual a você, em uma papel de destaque, sendo uma mocinha cheia de virtudes. Isso sim é causar um impacto social.

Você sente uma responsabilidade maior por inspirar jovens com o seu trabalho?
Sinto sim, e acho que se não sentisse, algo estaria fora do lugar. Quanto mais visibilidade, maior a responsabilidade. Mais gente está nos acompanhando, nos ouvindo. Além da voz ecoar para mais longe, há mais espaços abertos. Penso que temos que ocupá-los oferecendo o que temos de melhor. Com a internet e a própria imprensa, a vida fora dos estúdios e palcos também ganham holofotes. Acho que esse trabalho ao qual você se refere, só é somente a atuação em si. É como a gente se relaciona com esse ofício também. A forma respeitosa de se lidar com a arte e os artistas. Tudo isso vira inspiração, a tal da influência.

O que acredita que ainda pode melhorar na indústria em relação à inclusão e igualdade?
Tanta coisa! Demorou demais para chegarmos nesse momento. Um momento em que podemos contar a nossa própria história, tomar as rédeas do protagonismo que não teve voz por todos esses anos. Ampliar esses espaços, ocupar esses espaços, renovar as narrativas. Ter diversidade na frente e por trás das câmeras, nas salas de roteiro, nos cargos de direção. Expandir as temáticas e tramas. E, claro, políticas públicas! Pois não adianta ter novelas com casting para atores pretos se esses mesmos pretos não têm o mínimo para sobreviver! Se ele não tem como estudar, como viver em segurança, ter saúde… fica muito mais difícil o caminho até o estúdio de uma novela.

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