Vereadora de Londrina presa por enterro irregular de animais diz que comunicou situação a autoridades: ‘Não foi novidade’

Anne Moraes (PL) foi liberada após pagamento da fiança. Ela concedeu entrevista nesta segunda-feira (16) e disse que prática é comum em zona rural. Polícia pede para Ministério Público analisar investigações contra vereadora
Anne Moraes (PL), vereadora eleita em Londrina, no norte do Paraná, falou nesta segunda-feira (16) sobre a suspeita de enterrar animais mortos de forma irregular, que motivou a prisão dela na sexta-feira (13).
Na entrevista coletiva, ela afirmou que órgãos públicos foram comunicados anteriormente sobre o fato de que animais eram enterrados na propriedade. Ela pagou fiança e responde ao inquérito em liberdade.
“Eu moro em uma zona rural. Quando um animal morre, a gente enterra. Se você for de chácara em chácara, todas as pessoas enterram seus animais quando eles vêm a óbito. Não foi uma novidade para ninguém”, disse Anne Moraes.
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Anne contou que notificou a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre a necessidade de ajuda para encaminhar corpos de animais mortos a locais corretos, mas que não teve resposta. Segundo a vereadora eleita, este é o motivo para não considerar “novidade” ter animais enterrados na propriedade.
Procurada pelo g1, a CMTU disse que não tem atribuições em locais privados. Questionada sobre o motivo para estar na ADA durante a operação de sexta-feira, a assessoria respondeu que foram convocados para colaborar com as forças policiais.
O g1 aguarda retorno do MP-PR.
A vereadora eleita ainda disse que irá encerrar o trabalho da associação. A coletiva foi acompanhada pelo advogado que representa Anne.
Entrevista foi concedida na Associação Defensora do Animais.
Reprodução – RPC
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Operação e prisão
Na sexta-feira (13), Anne foi presa suspeita de enterrar animais mortos de forma irregular. Uma operação foi realizada na Associação Defensora dos Animais (ADA), da qual é presidente.
Durante o interrogatório policial, a vereadora eleita permaneceu em silêncio. Ela foi solta após pagar fiança de R$ 1,5 mil.
O Batalhão de Polícia Ambiental divulgou que foram feitas escavações no solo. Foram encontradas carcaças de animais em estado avançado de decomposição, com liberação de chorume no solo.
A Polícia Ambiental informou que um laudo de veterinários da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina irá avaliar se os animais abrigados no local sofreram maus tratos.
Instituto Água e Terra (IAT), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Londrina (Sema) e Polícia Civil (PC-PR) também estiveram no local.
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