Políca faz perícia em casa de onde teria partido tiro que matou médica da Marinha, no Lins


A capitão de Mar e Guerra Gisele Mello foi atingida na cabeça dentro da Escola de Saúde da Marinha, prédio anexo ao Hospital Marcílio Dias, no Lins. Perícia indica que tirou partiu de região de casas acima do local. Laudo aponta que prédio onde médica da Marinha foi morta recebeu pelo menos 3 tiros
A Polícia Civil iniciou, nesta sexta-feira (13), uma operação no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. O objetivo é fazer uma perícia técnica na casa de onde teria partido o tiro que matou a médica da Marinha, Gisele Mendes.
A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apontou que o prédio da Escola de Saúde da Marinha, onde Gisele estava, foi atingido por pelo menos três disparos.
A escola fica em um anexo ao Hospital Marcílio Dias. Gisele participava de uma cerimônia no auditório da escola, no 2º andar, na terça-feira (10), quando uma bala perdida entrou pela janela e a atingiu.
Ela estava em pé e de costas e foi atingida na nuca. Levada ao centro cirúrgico, morreu algumas horas depois. A médica tinha 55 anos e deixou dois filhos.
Janela atingida por disparo no Hospital Naval Marcílio Dias
Reprodução/Polícia Civil
O laudo apontou que o disparo partiu de uma região de casas, na comunidade do Gambá, que seria utilizada como contenção pelo tráfico da região e fica um pouco acima da janela do auditório da Escola de Saúde da Marinha, onde a médica estava.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Naquele momento, segundo a PM, ocorria uma operação no Lins, a poucos metros da unidade de saúde, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos na região do Grande Méier.
A corporação informou que um blindado foi atacado logo na entrada da comunidade, por volta das 9h (veja abaixo).
Vídeo flagra blindado da PM sendo atacado no Lins, no dia que médica foi morta
A região é cercada por 16 comunidades, que juntas formam o Complexo do Lins. O local é alvo de constantes tiroteios.
Ocupação da Marinha
Blindados no pátio da Escola de Saúde da Marinha
César Sales/Arquivo Pessoal
Nesta manhã, a Marinha ocupou a região do Complexo do Lins com 8 blindados e 250 homens. Eles farão patrulhamentos nas ruas e só vão entrar nas comunidades com autorização do Ministério da Defesa. A ocupação é por tempo indeterminado.
“No intuito de garantir a segurança da tripulação e usuários do Hospital Naval Marcílio Dias, a Marinha do Brasil exercerá ação de presença com meios de fuzileiros navais, na área sob sua jurisdição, adjacente àquela organização militar, até o limite máximo de 1.320 metros do seu perímetro”, diz a nota da Marinha.
Os blindados foram estacionados em um pátio entre a ala de emergência e a Escola de Saúde.
Os militares pediram para que motoristas retirassem os veículos do pátio principal do prédio para facilitar a movimentação da tropa e dos veículos.
Pacientes e funcionários se mostravam apreensivos com a movimentação atípica. Por sua vez, moradores temem novos confrontos no bairro.
Capitão de Mar e Guerra Médica, Gisele Mendes, foi vítima de bala perdida
Divulgação
Adicionar aos favoritos o Link permanente.