UFRGS institui comissão para registrar violações aos direitos humanos durante a ditadura


Iniciativa busca coletar registros sobre as violações de direitos humanos que aconteceram na instituição a partir de 1964. Evento, que ocorre no Dia Internacional dos Direitos Humanos, é aberto ao público. Monumento em homenagem aos professores da UFRGS expurgados durante a ditadura
Divulgação/ UFRGS
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) oficializa a criação da Comissão da Memória e da Verdade “Enrique Serra Padrós” nesta terça-feira (10), no Dia Internacional dos Direitos Humanos.
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A proposta busca coletar e disponibilizar os registros sobre as violações de direitos humanos que aconteceram na UFRGS entre 1964 e 1988, período marcado pelo regime autoritário instaurado no Brasil, entre 1964 e 1985. Durante a ditadura cívico-militar, a universidade foi um dos espaços de resistência da sociedade gaúcha.
Em 1964 e 1969, a UFRGS teve dois processos de expurgo, nos quais foram aposentados compulsoriamente ou expulsos dezenas de professores, estudantes e técnicos.
“Aos que lutaram, resistiram e nos legaram solidariedade e esperança”, diz memorial inaugurado em 2019 e localizado no Campus do Centro, em homenagem aos colaboradores e estudantes que foram expulsos e afastados de suas atividades na instituição durante o período (veja foto acima).
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Além de documentar essas violações, a Comissão produzirá um relatório final com a sistematização de todos os materiais e atividades realizadas ao longo dos trabalhos. Também será criado um site para hospedar os documentos digitalizados.
A cerimônia será realizada em Porto Alegre, no Salão de Atos da Universidade, a partir das 10h, com entrada aberta ao público. Estarão presentes a reitora Márcia Barbosa, o vice-reitor Pedro Costa e o procurador regional dos Direitos do Cidadão da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul, Enrico Rodrigues de Freitas.
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Reprodução/RBS TV
Homenagem
O nome da Comissão é uma homenagem ao professor Enrique Serra Padrós, que atuou no Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFRGS. Padrós, que morreu em 2021, dedicou sua trajetória acadêmica à pesquisa sobre regimes autoritários na América Latina.
Natural do Uruguai, o docente dava aulas sobre ditaduras do Cone Sul, conexão repressiva, terrorismo de estado e ensino de História.
Enrique Serra Padrós era natural do Uruguai e estudava ditaduras no Cone Sul
Departamento de História da UFRGS/Divulgação
Serviço
Quando: terça-feira (10), às 10h
Onde: Salão de Atos (Av. Paulo Gama 110, Campus Centro)
Entrada gratuita
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
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