Estudo descobre como orcas fazem para caçar o maior peixe do mundo

Estudo publicado no jornal científico “Frontiers in Marine Science” descobriu o método utilizado por orcas na caça a tubarões-baleia, o maior peixe do mundo (chega a até 18 metros de comprimento).
Ao observar imagens e vídeos de orcas se alimentando de tubarões-baleia (foto), os biólogos perceberam que elas atacavam a área pélvica desses peixes. Surpreendidos e assustados, eles viravam de barriga para cima, deixando exposta a sua região menos protegida.
Na análise, os pesquisadores chegaram também à conclusão de que deve haver um grupo de orcas no Golfo da Califórnia especializado em caçar tubarões-baleia. Isso porque eles notaram que dos quatro ataques flagrados, em três um macho adulto esteve presente. No outro episódio, as fêmeas estavam acompanhadas desse mesmo macho, apelidado pelos biólogos de “Moctezuma!”.
Recentemente, pesquisadores fizeram um registro que ajuda a compreender hábitos alimentares de orcas que passam pela Corrente de Humboldt, no Chile. Essa corrente nasce na Antártica e segue adiante atravessando o mar na América do Sul.
Os pesquisadores são do Instituto de Ciências Naturales Alexander von Humboldt, da Universidade de Antofagasta, no Chile.
Eles conseguiram documentar a matriarca, batizada de Dakota, matando um golfinho e deixando partes do animal para o grupo. Como as orcas fazem parte da família dos golfinhos, os cientistas divulgaram o flagrante e destacaram que ainda não sabiam que elas faziam esse tipo de alimentação.
As orcas se espalham por diversas partes do mundo. Recentemente, o governo de Portugal proibiu barcos turísticos de se aproximarem desses animais.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas de Portugal anunciou que medida se deve a sucessivos ataques de orcas, em bando, contra embarcações. As investidas se intensificaram, causando pânico nos tripulantes e passageiros.
Além de Portugal, esse problema também vem ocorrendo na Espanha. O instituto Orca Atlântica revelou que houve um aumento das atividades das orcas no Estreito de Gibraltar.
Esse estreito liga o mar Mediterrâneo com o oceano Atlântico, no extremo sul da Espanha, e o Marrocos, no noroeste da África.
Em 2023, Greg Blackburn, que estava a bordo de uma embarcação que sofreu um dos ataques, disse que o bando tinha seis orcas e que uma maior apareceu, dando impressão de que seria mãe do grupo.
O site Live Science afirmou que esses ataques são dirigidos principalmente a barcos à vela e seguem um padrão: as orcas se aproximam da popa para atingir o leme.
Quando conseguem parar o barco, as orcas parecem perder o interesse. E saem de perto.
Barbate é um município da Espanha na província de Cádiz, comunidade autónoma da Andaluzia, com cerca de 23 mil habitantes numa área de 142 km² .
O biólogo Alfredo López Fernandez, da Universidade de Aveiro, divulgou na ocasião que as interações de orcas com pessoas (no caso, as que estão no barco) já ocorriam, mas o fenômeno do ataque a embarcações tem ganhado impulso recentemente.
Um grupo de orcas tem sido acompanhado desde 2020 exatamente por causa desse comportamento incomum de atacar embarcações, especialmente veleiros.
“Em mais de 500 eventos de interação registrados desde 2020, há três navios afundados. Estimamos que as orcas só tocam um navio em cada cem que navegam por um local”, disse.
Além do Estreito de Gibraltar, as orcas também chamam atenção na Galiza, comunidade autônoma da Espanha, que fica ao norte de Portugal, com 2,7 milhões de habitantes.
O filme foi estrelado por Richard Harris, no papel de Nolan, capitão de um navio que fere uma orca prenha (e ela perde o filhote). O macho, então, faz de tudo para se vingar dos tripulantes da embarcação.
Uma orca pode pesar até nove toneladas. Portanto, ao bater no barco, dependendo do tamanho da embarcação, pode causar sérios danos.
Curiosamente, a espécie é o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica (perde apenas para o homem,). Ela é encontrada em todos os oceanos.
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