
O avanço da tecnologia trouxe consigo uma nova era de criminalidade, que migra rapidamente para o espaço digital. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou essa tendência durante um evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), referindo-se a ela como “cangaço digital“. Segundo ele, a cada 16 segundos ocorre uma fraude bancária no sistema financeiro eletrônico do Brasil, o que representa um cenário alarmante.
Entre julho de 2023 e julho de 2024, os prejuízos causados por roubos de celulares e golpes virtuais ultrapassaram a marca de R$ 186 bilhões, conforme estimativas do Datafolha para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esses números foram calculados com base na perda média por ocorrência e no número de vítimas, uma vez que dados oficiais consolidados ainda não estão disponíveis.
Quais os impactos alarmantes dos crimes digitais no Brasil?
A magnitude dos prejuízos causados por crimes digitais, como roubos de celulares e fraudes bancárias, traz à tona o impacto direto que esses crimes têm na vida dos brasileiros. O Brasil se tornou um dos alvos mais frequentes desses delitos, com uma estimativa de R$ 186 bilhões em perdas entre 2023 e 2024. Esses números revelam a urgência de estratégias mais eficazes para proteger a sociedade.

O que a Polícia Federal está fazendo para combater a onda de crimes cibernéticos?
Para enfrentar essa crescente ameaça, a Polícia Federal intensificou suas ações contra crimes virtuais desde a criação da Diretoria de Crimes Cibernéticos em 2023. Com a formação de uma Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos em 2022, o número de operações aumentou de pouco mais de 300 em 2022 para mais de mil em 2024. A colaboração entre as polícias federal e estaduais tem sido essencial para combater o crime digital.
Como a cooperação internacional está ajudando no combate ao crime digital?
A natureza transnacional dos crimes cibernéticos exige uma abordagem global. A Polícia Federal tem buscado parcerias com autoridades internacionais, como a Interpol e Europol. Operações conjuntas, como a que desmantelou o grupo Grandoreiro, envolvem países de diversas regiões e são fundamentais para impedir que os recursos de fraudes sejam transferidos para o exterior.

Qual o papel das instituições financeiras na luta contra o crime digital?
Além das forças de segurança, as instituições financeiras têm desempenhado um papel fundamental no combate aos crimes cibernéticos. A Febraban, em parceria com a Polícia Federal desde 2017, tem investido em sistemas como o Tentáculos, uma plataforma de compartilhamento de informações entre bancos e autoridades. Essa colaboração tem sido essencial para fortalecer a resposta do Brasil a essas ameaças digitais.
O futuro do combate ao crime digital e a necessidade de evolução contínua
O combate ao crime digital exige uma abordagem dinâmica e contínua. A evolução constante das tecnologias usadas pelos criminosos exige que as forças de segurança e o setor privado se adaptem rapidamente para garantir a proteção da sociedade. A colaboração internacional, a integração entre as forças de segurança e o envolvimento de instituições financeiras são peças-chave na construção de um futuro mais seguro.
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