VÍDEO: Fiat Pulse e Fastback agora são híbridos, mas valem a pena? Veja o teste do g1

Sistema híbrido leve não empolga na economia de combustível nem na potência do motor, mas chegada de eletrificados é importante para redução de emissão de gases e avanço da indústria brasileira. Detalhes sobre o motor híbrido leve da Fiat
Pulse e Fastback são os primeiros carros híbridos flex da Fiat no Brasil, prometendo economia de combustível e menor emissão de gases. Apesar de a chegada de eletrificados ser importante para o meio ambiente e para avanço da indústria brasileira, o g1 testou os carros e observou que as diferenças ainda não são tão grandes assim.
Ambos os modelos receberam a motorização híbrida nas versões Impetus e Audace. O sistema é um híbrido leve, e isso significa que ele não consegue girar as rodas sozinho. O acionamento da bateria acontece apenas em alguns momentos, como um pequeno auxílio ao conjunto a combustão.
Ao volante, só se percebe diferença em momentos como a saída de semáforo, algumas retomadas e em condução em baixas rotações.
A ativação é feita pelo próprio sistema, e em todos o barulho do motor a combustão não foi reduzido. Mas é notável que o motor treme menos e o conforto ao dirigir aumenta.
Todos os acessórios seguem quase inalterados em suas versões híbridas, a não ser pelo painel digital que agora exibe dados sobre a atuação do sistema eletrificado. Por fora, a única novidade é a presença de um adesivo indicando que o modelo é novo.
Veja abaixo mais detalhes dos testes e se vale a compra.
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Motor elétrico tem potência de scooter elétrica
O trabalho do motor híbrido, em qualquer um dos carros da Fiat, está no torque. Ele poupa até 1 kgfm dos 20,4 kgfm originais do motor 1.0 turbo T200, enquanto a potência de 3 kW é um auxílio de 4 cv nos 130 cv do conjunto a combustão.
Como comparação, é comum que motores de motos elétricas pequenas, como a Watts WS120 e a Voltz EV1, trabalhem com a mesma potência de 3 kW — ou 3.000 watts.
É pouco para um carro. Tanto o Fastback, quanto o Pulse, pesam cerca de 1,2 tonelada, enquanto a moto Voltz EV1 tem 120 quilos.
Durante o teste na cidade, a sensação do acionamento do motor elétrico foi semelhante a uma aceleração no “vácuo” de um ônibus ou caminhão. O bloqueio do vento abre espaço para que o motor não suba a rotação de forma exagerada. É uma pequena ajuda, como a bateria desse híbrido leve.
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Economia de combustível é muito sutil
Se em acelerações é difícil sentir quando o motor elétrico auxilia o sistema a combustão, na economia a situação pode ser interessante para o Pulse, que conseguiu reduzir o consumo de combustível, segundo dados oficiais divulgados pela Fiat.
Veja abaixo a diferença do Fiat Pulse com motor híbrido na cidade:
Etanol: de 8,4 km/l para 9,3 km/l (10,7% a mais de autonomia);
Gasolina: de 12,1 km/l para 13,4 km/l (10,7% a mais).
Já o Fastback é menos agraciado com economia de combustível, ficando assim:
Etanol: de 8,4 km/l para 8,9 km/l (5,9% a mais de autonomia);
Gasolina: de 11,9 km/l para 12,6 km/l (5,88% a mais).
Durante os testes, o computador de bordo do Fiat Pulse, abastecido com etanol, marcou próximo do prometido com cerca de 9,8 km/l. De qualquer forma, girar na casa dos 10% faz a economia ser pouco sentida.
Esta é uma redução de consumo próxima ao que é alcançado ao desligar o ar-condicionado em um carro a combustão.
Vale a pena?
A motorização híbrida só faz sentido para economia de combustível no Pulse, pois o Fastback sequer reduz em 6% a sede por gasolina ou etanol.
Economizar combustível é importante, principalmente por ser uma conta que acompanhará o carro por toda sua vida útil — seja você o primeiro ou segundo dono.
A Fiat promete que a bateria de lítio responsável pelo sistema híbrido vai durar oito anos, podendo ser trocada sem grandes dificuldades. A fabricante não divulga o custo do conjunto, mas ele não deve ultrapassar os R$ 4 mil.
No teste, a motorização híbrida não auxiliou os carros para ganharem mais velocidade. Isso ficou claro na ausência de auxílios do conjunto híbrido quando o modo esportivo era acionado.
Fora que isso custa mais caro para se estar nas versões híbridas. Comparando os preços destas variantes, com as versões Impetus e Audace a combustão, a diferença é de R$ 2 mil.

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