Local onde diarista foi estuprada e esfaqueada é atalho para chegar a ponto de ônibus: ‘A gente passa com medo’


Vegetação alta e falta de segurança põe em risco pedestres que passam pelo local. Atalho fica na região central de Palmas. Número de casos de estupro contra mulheres aumenta no Tocantins
O local onde uma diarista de 37 anos foi estuprada e esfaqueada, na região central de Palmas é utilizado como atalho por pessoas que vão da quadra 601 Sul para a Estação Xambioá, na avenida Teotônio Segurado.
“Toda semana uso essa rota. É mais perto para poder voltar para casa e acessar o ponto de ônibus. Mas é perigoso, a gente passa com medo”, diz a diarista Ivoneilde Sousa.
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A diarista passava pelo atalho por volta das 12h, de terça-feira (5) quando foi atacada. Ela passou por cirurgia e continua internada em estado grave no Hospital Geral de Palmas. A vítima sustenta a família sozinha com o trabalho de diarista, segundo uma amiga.
A Polícia Militar afirma que são realizados patrulhamentos na região para evitar casos de violência, mas a principal orientação é que as pessoas evitem andar sozinhas em locais de pouco movimentos.
“Evitar locais ermos, locais isolados com presença de vegetação alta, evitar passar por lotes baldios e procurar andar acompanhado”, recomendou o major Jair Ribeiro.
Além disso, o militar destaca que a tecnologia pode ser útil e deve ser utilizada. “Hoje em dia existem alguns mecanismos de smartphones que você compartilha a sua localização, ou aciona um botão de emergência que automaticamente faz a chamada para algum contato confiável”, explica.
Mulheres se arriscam em atalho com vegetação alta e sem segurança
Reprodução/TV Anhanguera
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Núbia Alves, que também é diarista, comenta que também faz uso do atalho, mas sempre anda acompanhada de uma colega. “Vamos as duas juntas e qualquer coisa a gente corre. Aqui não tem segurança de nada, não dá de passar sozinha.”
A advogada Raquel Albuquerque reforça que vítimas de qualquer tipo de violência ou constrangimento devem denunciar o caso às autoridades.
“A mulher nunca é culpada, ela é vítima. A mulher que é violentada, ou sofre tentativa, deve ligar para polícia imediatamente no 180 ou para o 190”, afirma Raquel.
Pessoas utilizam atalho para chegar em ponto de ônibus
Reprodução/TV Anhanguera
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