USP 90 anos: 3 vezes que pesquisadores em Ribeirão Preto contribuíram com a ciência no mundo


Do transplante às inovações no tratamento de diabetes, cidade tem parte importante na história da medicina. Universidade completa nove décadas nesta quinta-feira (25). Universidade de São Paulo celebra 90 anos nesta quinta-feira (25)
A Universidade de São Paulo (USP) completa 90 anos nesta quinta-feira (25) com contribuições relevantes para a ciência no Brasil e no mundo. Em 2023, a instituição ganhou o título de melhor universidade da América Latina e Caribe e o posto faz jus à dedicação de milhares de professores e cientistas que ali trabalham.
Em Ribeirão Preto (SP), pesquisadores foram responsáveis por descobertas importantes, que revolucionaram tratamentos e procedimentos médicos ao longo dos anos.
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Reitor da USP Ribeirão, Carlos Gilberto Carlotti Júnior se orgulha dos espaços tomados pela universidade.
“Um desafio é transformarmos a sociedade a partir das nossas descobertas. Acho que o Brasil precisa de inovação para nós sermos uma sociedade competitiva”, diz.
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP)
Érico Andrade/g1
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Para o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, a instituição é sinônimo de pioneirismo.
“A USP Ribeirão Preto conseguiu, sem dúvidas, colocar um tijolinho no muro da ciência mundial”.
Três vezes que a medicina em Ribeirão foi destaque
Transplante de rim
Foi a equipe do professor Áureo José Cicconelli que descobriu, ainda na década de 60, que era possível transplantar rins de uma pessoa morta para uma pessoa viva.
O primeiro transplante do órgão na América Latina foi feito em fevereiro de 1968.
“Tirava o órgão e tinha que já por na hora. Hoje pode esperar 24 horas, 30 horas, naquela época não. Sou grato por ele ter me autorizado a participar [da cirurgia]”, diz o professor aposentado Antônio Carlos Pereira Martins.
Descoberta da USP Ribeirão mudou a medicina na década de 60
Medicamento a partir do veneno da jararaca
Foi na década de 60 que o pesquisador Sérgio Ferreira, nascido em Franca (SP), descobriu que o veneno da jararaca também poderia ser o remédio para quem tem pressão alta.
Lançado no mercado no início da década de 80, o captopril abriu portas para novas medicações.
“Contribuímos para o início da compreensão do processo de hipertensão humana”, disse na época.
Descoberta da USP Ribeirão revolucionou tratamento de hipertensão
Células-tronco no tratamento da diabetes
Foi em Ribeirão Preto que pesquisadores descobriram como utilizar células-tronco no tratamento da diabetes.
Eles desligaram o sistema imunológico de um paciente quase que completamente com altas doses de quimioterapia e religaram do zero com infusão de células tronco pela veia.
Com isso, o sistema imunológico parou de agredir as células produtoras de insulina que estão no pâncreas. À época, o imunologista Júlio César Voltarelli falou da importância da pesquisa.
“As células-tronco estão revolucionando a medicina e nós estamos orgulhosos de estarmos participando dessa revolução científica”.
Descoberta da USP Ribeirão contribui para o tratamento de diabetes
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