Professor morre seis anos após descobrir câncer raro idêntico ao do cantor de reggae Bob Marley


Descoberta do melanoma lentiginoso acral aconteceu em 2018, três dias após assistir documentário sobre o cantor que relatava ter recebido o diagnóstico após machucado no pé. Governador Wanderlei Barbosa lamentou morte. Professor Luciano Coelho morre após quase seis anos de tratamento contra o câncer
Arquivo Pessoal
O professor Luciano Coelho, de 53 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (25), em Palmas, após quase seis anos de tratamento contra um melanoma lentiginoso acral – câncer de pele raro. Ele descobriu o tumor depois de se machucar em uma partida de futebol assim como aconteceu com Bob Marley, morto pelo mesmo tipo de tumor em 1981.
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Ele era formado em pedagogia, habilitado em orientador educacional, e trabalhava desde 2004 nas escolas públicas municipais chegando a atuar como diretor. Após a descoberta, Luciano chegou a lançar uma campanha nas redes sociais para conseguir recursos e viajar para os Estados Unidos, onde realizou parte do tratamento.
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) lamentou a morte e disse ter recebido a notícia com muita tristeza.
“Em sua jornada, Luciano dedicou-se à educação e com brilhantismo atuou nas escolas da nossa Capital, deixando um legado de dedicação e amor pelo ensino. Na luta contra o câncer, o professor Luciano mais uma vez deu exemplo e, como um bom atleta que sempre foi, se superou a cada dia. Nesse momento de tristeza e pesar, expresso meus sentimentos à família e amigos”, comentou em nota.
Em entrevista ao g1, o professor contou que descobriu o câncer em 2018, depois de se machucar em uma partida de futebol e perder a unha do pé esquerdo, do mesmo modo que aconteceu com o cantor Bob Marley. Luciano revelou que seu acidente durante o jogo aconteceu três dias depois de assistir o documentário sobre o cantor de reggae.
“O Bob Marley descobriu o câncer no dedão do pé direito, após um jogo de futebol. Eu também descobri a doença jogando bola e o tumor surgiu no dedão do pé esquerdo. Ele não quis amputar o dedo e morreu cinco anos depois. Eu amputei o meu dedo e estou há cinco anos lutando contra a doença”, explicou.
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Arquivo Pessoal
Bastante ativo nas redes sociais, o professor fazia questão de publicar mensagens de fé e esperança para as pessoas. Sua última publicação foi há três dias. Respondendo a mensagem de um amigo que perguntava como ele estava, Luciano comentou “na luta”.
O professor deixa esposa, dois filhos e um exemplo de resiliência. “O segredo é aceitar tudo o que o universo nos colocar, seja adverso ou não. Quando você aceita, as portas vão se abrindo, para que você consiga encontrar soluções”, afirmou em entrevista.
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