Instrutor de tiro suspeito de matar amigo no Anel Rodoviário de BH vai a júri popular


Crime foi registrado em agosto de 2023, em BH. Ruy Gomes da Silva é réu por homicídio duplamente qualificado contra Cléber Augusto Esteves. Homem é morto dentro de carro no Anel Rodoviário em BH, após se envolver em briga em restaurante
TV Globo/Reprodução
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou, nesta terça-feira (22), que Ruy Gomes da Silva, instrutor de tiro suspeito de matar o amigo no Anel Rodoviário, após uma discussão em um restaurante na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, vá a júri popular.
O crime foi registrado no dia 25 de agosto de 2023. Cléber Augusto Esteves foi morto a tiros. Imagens gravadas em celular mostram ele e o suspeito trocando acusações enquanto dirigiam, momentos antes do crime (veja vídeo abaixo).
Vídeo mostra suspeito e vítima discutindo no trânsito momentos antes de assassinato
O corpo da vítima foi encontrado no mesmo dia, no bairro Bonsucesso, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. O veículo foi atingido com vários tiros.
Ruy Gomes e Cléber Augusto tiveram uma discussão em um restaurante de luxo, na Região Centro-Sul da cidade, antes do crime. Os dois chegaram a ser expulsos do local.
A Polícia Civil abriu investigação e indiciou Ruy Gomes da Silva, de 48 anos, pelos crimes de homicídio qualificado, direção sob influência de álcool e porte de arma de fogo de uso restrito. Em setembro de 2023, ele virou réu por homicídio qualificado.
Em fevereiro deste ano, Ruy teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. A mudança foi baseada no estado de saúde, e Ruy foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica.
Justificativas para o júri popular
O juiz de direito Roberto Oliveira Araújo Silva, responsável pela sentença, entendeu que não há como sustentar a argumentação de legítima defesa apresentada pelos advogados do réu, por não haver provas suficientes.
Além disso, a decisão reforça que as provas apresentadas apontam a intenção de matar. Segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo fútil, com uso de arma de fogo de uso restrito.
O g1 entrou em contato com a defesa de Ruy Gomes da Silva, que destacou, em nota, “total discordância em relação a sentença”.
“Reforçamos uma vez mais que Ruy Gomes da Silva agiu em legítima defesa, com único fito de resguardar a sua vida e, por isso, não se conformará com a sentença de pronúncia proferida em seu desfavor, razão pela qual certamente haverá a interposição do recurso cabível contra a respectiva decisão”, afirmaram os advogados Nathan Henrique Rodrigues Nunes e Túlio Faria Moreira.
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