À GloboNews, Nunes diz ter receio de abstenção no 2º turno e não tem medo de perder voto do centro com apoio de Bolsonaro


Candidato do MDB à Prefeitura de São Paulo foi entrevistado na tarde desta terça-feira (22). Ricardo Nunes da GloboNews
Reprodução/GloboNews
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo neste segundo turno, participou nesta terça-feira de sabatina na GloboNews e relatou o temor de uma alta abstenção neste domingo (27). Afirmou que encontro com os ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi justamente para levar a mensagem da importância do voto.
“O que nós falamos lá para o público [no almoço]? Tanto o presidente Bolsonaro como Tarcísio, eu e o presidente Michel Temer também estava pedindo para as pessoas irem voltar. A gente tá com uma obsessão muito grande no histórico das eleições”, afirmou.
Questionado sobre a quem preferiria ao lado dele numa eventual posse, se Bolsonaro ou Tarcísio, afirmou preferir o governador. “Eu levo o Tarcísio de fato. O Tarcísio vai ficar para nós como um grande exemplo. Sabe por que dia 28 e 29 de agosto, eu dei uma caída, eu sempre mantida a liderança, mas eu dei uma caída. Foi ali que o Tarcísio entrou com tudo na campanha, sabe? Isso é demonstração de caráter.”
Sobre Bolsonaro, afirmou que não tem receio de perder o voto do eleitor de centro, ao ter apoio do ex-presidente. Segundo ele, o eleitorado não quer saber de esquerda e direita, mas de realizações no município.
“Você vai conversando com as pessoas, o pessoal ali da limpeza: ‘Ai, vou votar em você e tal’. E uma senhora comentou comigo: ‘Olha, eu votei no Lula da outra vez, mas, lá no meu bairro, você assaltou a minha rua, você fez uma UPA’. Então tem muito da questão do prefeito, da pessoa que fala o seguinte: ‘Quem é que vai cuidar de mim?’ Porque no dia a dia ninguém vai vir atrás do presidente, o prefeito eleito que vai ser cobrado”, disse.
O adversário de Nunes, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), também foi entrevistado nesta terça. Ele explicou o motivo de ter buscado um diálogo mais direto com os moradores de periferia — por meio da “Carta ao povo de São Paulo” — apenas na reta final da eleição e afirmou que a extrema-direita soube passar uma mensagem mais “sedutora” aos trabalhadores autônomos da capital.
Nesta sexta (250, a TV Globo realiza o último debate do segundo turno pela Prefeitura de SP.
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