Como o WhatsApp mudou o rumo do jornalismo no país a partir de uma inovação do Grupo ND

Uma plataforma de mensagens instantâneas tem ajudado o Grupo ND a mudar a comunicação em Santa Catarina. No dia a dia, os catarinenses, ou quem escolheu o Estado para viver, participam ativamente com opiniões, sugestões e comentários enviados pelo WhatsApp. As mensagens são exibidas, ao vivo, na programação da NDTV Record Joinville, no Norte do Estado.

Como o WhatsApp mudou o rumo do jornalismo no país a partir de uma inovação do Grupo ND – Foto: Camila Freitas/Reprodução/ND

Para analisar a relação entre o público e o Grupo ND, em Joinville, a jornalista Tatiana de Souza Sabatke, antiga produtora da NDTV Record, investigou em profundidade como ocorre a participação da comunidade por meio do WhatsApp.

Durante dois anos, a jornalista debruçou-se sobre conceitos que discutem a interatividade e o telejornalismo regional e buscou entender o que motiva a participação, quando ela se intensifica e quais os critérios para o telespectador opinar ou não sobre os temas abordados.

O estudo foi realizado durante o mestrado de Comunicação na UFPR (Universidade Federal do Paraná). Com a conclusão do curso, seu orientador, o professor doutor José Carlos Fernandes, a incentivou a publicar um livro para compartilhar os resultados encontrados.

“Tatiana é uma jornalista com paixão pelo que faz. Na história da NDTV Record é a produtora com o maior número de prêmios de jornalismo. Sempre tem uma sugestão ou ideia para reportagem, seja diária ou produzida. Acompanhou o processo de criação da ferramenta do WhatsApp dentro da redação. Muito orgulho de vê-la transcrevendo essa iniciativa inédita para televisão, que hoje é utilizada por centenas de emissoras. Estamos eternizando nessas páginas a nossa própria história”, relatou a gerente de jornalismo da NDTV Record, Drica Fermiano.

Como ocorreu pesquisa

Para a realização do estudo, foram ouvidos telespectadores que participam ativamente do Balanço Geral Joinville, o telejornal da NDTV Record pioneiro, na região Sul do Brasil, em oferecer o formato de participação por meio do WhatsApp.

Há mais de dez anos, os telespectadores trocam mensagens com jornalistas da emissora e têm a sua opinião exibida quase que instantaneamente durante a programação.

“O leitor vai encontrar no livro uma discussão a partir de conceitos que ajudam a definir o processo de interatividade entre público e emissora. Mas o ponto alto é que procurei olhar atentamente para o telespectador e identificar de onde ele assiste ao telejornal, no sentido de quais são as suas histórias, as relações anteriores que teve com veículos de imprensa e o que ele espera ao enviar uma mensagem para a televisão”, conta Tatiana.

“Percebi durante a pesquisa que o sentimento de pertencimento àquele espaço comunicacional ocorre antes do envio da primeira mensagem. Ou seja, o telespectador primeiro se identifica com o veículo de comunicação, com a linguagem, conteúdo e com os jornalistas, repórteres e apresentadores para depois iniciar a interação por meio do aplicativo”, conclui a autora.

Com o resultado da pesquisa, a jornalista lançará o livro “Telejornalismo Regional e a Participação do Público” neste sábado (19), às 10h, no Instituto Internacional Juarez Machado.

Lançamento do livro será realizado neste sábado (18) – Foto: Camila Freitas/Reprodução/ND