Falso motorista de aplicativo é preso em flagrante por tentativa de estupro no RJ: ‘Meu medo é ele sair e vir atrás de mim’, diz vítima

O caso aconteceu no dia 12 de fevereiro, em São Gonçalo. Homem está preso na Cadeia Pública Juíza Patrícia Acioli. Um falso motorista de aplicativo foi preso em flagrante, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, suspeito de tentar estuprar uma passageira.
O caso aconteceu no dia 12 de fevereiro. A vítima saía de um shopping em São Gonçalo quando entrou no carro. Ela disse que estranhou quando o motorista, identificado como Renato, disse que sua internet não estava funcionando e pediu para que ela mostrasse o caminho.
Em um determinado momento, após parar próximo ao local marcado, ele fechou as portas e janelas e se virou dizendo que ela tinha que pagar, em um sentido sexual. A vítima mandou mensagem para o amigo que a estava esperando para pedir ajuda.
“Foi o tempo de ele pegar uma chave de fenda e avançar em mim. Ele me segurou pelo pescoço e com a outra mão ficou pressionando a chave de fenda no meu pescoço e disse que ia me matar”, relatou ela.
O amigo da mulher chegou e começou a bater nas janelas, mandando que Renato abrisse a porta. Nesse momento, ela conta que entrou em luta corporal com o homem, enquanto ele acelerava o carro.
“Eu nem pensei, só dei uma gravata no pescoço dele e bati na cabeça para ele desligar o carro. Eu peguei a chave e tirei da ignição, consegui desligar e aí o carro destravou. Nessa hora, ele tentou fugir, mas uns moradores o seguraram até a PM chegar. E, a todo momento, ele dizia que eu estava mentindo e não queria pagar a corrida”, conta ela.
Em entrevista ao g1, a vítima relatou que ainda sente medo:
“Estou em um processo, melhorando, mas ainda estou tendo crises de pânico. Meu medo é ele sair e vir atrás de mim”, contou a vítima, que não será identificada nesta reportagem.
O caso foi registrado na 73ª DP (Neves), que prendeu Renato em flagrante. O homem já tinha uma anotação criminal por roubo.
Renato passou por audiência de custódia e está preso na Cadeia Pública Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Os dados do motorista não são compatíveis com a do motorista solicitado no aplicativo de viagens, e a vítima faz um alerta:
“Meu intuito é alertar justamente isso. Como ele veio de ré e o carro estava em movimento, eu não consegui conferir a placa. O modelo e a cor batiam, vi por alto as letras e embarquei. Se eu tivesse esperado para conferir, não teria acontecido”.
O g1 tenta contato com a defesa de Renato.
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