O economista VanDyck Silveira, em entrevista ao BM&C News, fez uma análise contundente sobre o atual cenário econômico brasileiro, destacando a inflação como a principal ameaça à estabilidade do país. Segundo ele, o principal fator por trás da alta dos preços não está nas condições climáticas ou no cenário internacional, mas sim no excesso de gastos públicos. “O gasto público exagerado é o que está impulsionando a inflação”, afirmou Silveira.
Silveira também criticou a forma como o governo atual lida com as políticas fiscais e monetárias. Para ele, o Brasil está em uma trajetória perigosa, repetindo erros do passado e se tornando refém de um modelo econômico ultrapassado. “O único truque que o PT e o presidente Lula sabem fazer é o impulso fiscal. Essa política não funciona e é a principal causa da inflação, que, por sua vez, gera fome e miséria”, declarou o economista.
O perigo do déficit fiscal e o impacto na inflação
Segundo Vandyck Silveira, o problema fiscal brasileiro vai além do déficit primário, uma métrica que, na opinião do economista, já não reflete a real gravidade da situação. “Falar em déficit primário hoje é uma ilusão. O que importa é o déficit nominal, e o Brasil está com um dos maiores do mundo, na casa dos 9% do PIB”, alertou.
O economista destacou que, sem um controle rígido dos gastos, o Brasil continuará a enfrentar uma escalada inflacionária difícil de conter. Para ele, a política fiscal atual segue um modelo ultrapassado, focado em injeções de recursos que, ao invés de estimular o crescimento, acabam alimentando a inflação. “Enquanto o governo não entender que a política fiscal precisa ser domada, a única ferramenta de controle que resta é a política monetária, e isso não será suficiente para segurar o avanço dos preços”, afirmou.
O Brasil à mercê de fatores externos
Outro ponto central da análise de Silveira é a dependência da economia brasileira em relação a fatores externos, principalmente às variações do dólar. Segundo ele, a recente valorização do real frente à moeda norte-americana não foi resultado de políticas internas, mas sim de circunstâncias externas favoráveis.
O economista também alertou para o impacto das decisões de líderes internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Se Trump tivesse levado adiante todas as suas promessas, o dólar já estaria em R$ 7,00 ou mais, e as condições econômicas do Brasil estariam em um estado ainda mais grave”, afirmou. Para ele, a falta de uma política fiscal consistente e a ausência de equilíbrio nas contas públicas deixam o Brasil vulnerável a qualquer oscilação global.
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