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A história da Igreja Católica é repleta de figuras marcantes, mas poucos papas deixaram um legado tão duradouro quanto aqueles que permaneceram por décadas no comando da instituição. Ao longo dos séculos, alguns pontífices se destacaram por seus longos períodos de liderança, influenciando não apenas os rumos da Igreja, mas também acontecimentos políticos e sociais de suas épocas. A seguir, conheça os três papas mais longevos da história.
1º Lugar: Papa Pio IX – O pontificado mais longo da história
O título de papado mais longo da história pertence a Papa Pio IX (Giovanni Maria Mastai-Ferretti), que liderou a Igreja por impressionantes 31 anos, 7 meses e 23 dias. Seu pontificado começou em 16 de junho de 1846 e se estendeu até sua morte, em 7 de fevereiro de 1878.
Pio IX enfrentou desafios significativos, incluindo a perda dos Estados Pontifícios com a unificação da Itália. Além disso, foi responsável por declarações doutrinárias marcantes, como a proclamação do dogma da Imaculada Conceição e a convocação do Concílio Vaticano I, que definiu o conceito de infalibilidade papal. Seu papado também é lembrado pela resistência às mudanças políticas da época, consolidando sua imagem como uma das figuras mais conservadoras da história da Igreja.
2º Lugar: Papa João Paulo II – O Papa global
Em segundo lugar, está Papa João Paulo II (Karol Józef Wojtyła), que liderou a Igreja Católica por 26 anos, 5 meses e 18 dias, de 16 de outubro de 1978 até sua morte, em 2 de abril de 2005. Ele foi o primeiro papa não italiano em mais de 450 anos e se tornou uma figura global, reconhecida por seu carisma e por sua defesa dos direitos humanos.
Seu pontificado ficou marcado pela contribuição na queda do comunismo na Europa, especialmente em sua terra natal, a Polônia. Além disso, João Paulo II promoveu um diálogo inter-religioso sem precedentes, aproximando-se de judeus, muçulmanos e outras religiões. Suas mais de 100 viagens apostólicas ao redor do mundo reforçaram seu papel como um verdadeiro líder global e símbolo de paz.
3º Lugar: Papa Leão XIII – O Papa da modernidade social
Fechando o pódio dos papados mais longos, Papa Leão XIII (Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci) esteve à frente da Igreja por 25 anos, 5 meses e 1 dia, de 20 de fevereiro de 1878 a 20 de julho de 1903. Conhecido por sua postura diplomática e intelectual, Leão XIII marcou seu pontificado com a publicação da encíclica Rerum Novarum, que estabeleceu as bases da Doutrina Social da Igreja e abordou temas como os direitos dos trabalhadores e a justiça social.
Além disso, ele buscou adaptar a Igreja às transformações do mundo moderno, incentivando o estudo da filosofia e promovendo a revalorização do pensamento de Santo Tomás de Aquino. Suas ações ajudaram a renovar a imagem da Igreja e estabeleceram uma base sólida para as discussões sociais e econômicas que viriam nas décadas seguintes.
O legado dos mais longevos
Os três papas mais longevos da história não apenas marcaram seus nomes pela duração de seus pontificados, mas também por suas contribuições decisivas para o futuro da Igreja Católica. De Pio IX e sua defesa das tradições e dogmas, passando pelo caráter global de João Paulo II, até a modernização social promovida por Leão XIII, cada um deles desempenhou um papel central em diferentes momentos da história.
Suas lideranças prolongadas permitiram não apenas estabilidade institucional, mas também transformações profundas que ainda ressoam no contexto atual da Igreja e nas relações entre o Vaticano e o mundo.
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