Restaurante Popular de Florianópolis fecha as portas


Defensoria ajuizou Ação Civil Pública para garantir funcionamento do local. Justiça deu 72 horas para que o município se manifeste sobre a questão. Prazo vence nesta segunda-feira. Filas para acesso ao Restaurante Popular de Florianópolis na segunda (18)
Tiago Ghizoni/ NSC
O primeiro Restaurante Popular de Florianópolis fechou as portas na sexta-feira (22) após 2 anos de funcionamento. Inaugurado em julho de 2022, o local oferecia café da manhã, almoço e jantar para pessoas em vulnerabilidade social. Nesta segunda-feira (24), usuários do serviço chegaram ao local encontraram as portas fechadas (assista acima).
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Preocupada com a situação, a Defensoria Pública de Santa Catarina (DPE/SC) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) para garantir o funcionamento do espaço. O prazo de 72 horas dado pela Justiça para que o município se manifeste sobre a questão vence nesta segunda.
Conforme a prefeitura, o restaurante deverá ser reaberto, mas ainda sem data definida, e apenas para famílias previamente cadastradas, trabalhadores e estudantes. Pessoas em situação de rua que antes usavam o local estão sendo realocadas para a Passarela da Cidadania, também no centro.
O anúncio do fechamento foi feito pelo município no início do mês. O g1 procurou a prefeitura para saber como ficarão os atendimentos durante o período de transição, e se há data ou cronograma para um novo atendimento. Não houve retorno.
O local ficava no centro da cidade e tinha capacidade para produzir até 2 mil refeições por dia.
Em meio à crise, Restaurante Popular de Florianópolis tem alta demanda
Entidades manifestam preocupação
Em nota, a DPE catarinense afirmou que Florianópolis foi uma das últimas capitais do país a implementar o serviço que contou com um investimento superior a um milhão de reais. Desde então, o espaço “tem sido um marco no combate à fome na cidade”.
“A mudança também representa um retrocesso social, colocando em risco o direito à alimentação adequada e nutricional de muitas pessoas que já vivem em condições precárias”, afirmou a Defensoria em nota.
O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina (Consea) também se manifestou sobre o fechamento e citou preocupação com a falta de alternativas para o período de reformulação estrutural. Na sexta-feira (21), movimentos ligados à população em situação de rua realizaram um ato em frente ao restaurante.
Segundo o Consea, o espaço era o “único lugar onde muitas pessoas têm acesso a uma alimentação saudável, com segurança nutricional, com verduras, carnes e saladas”.
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