
Segundo o Instituto de Segurança Pública do RJ, 2.227 mulheres foram vítimas de importunação sexual no estado em 2023. Rio lança programas para prevenir violência contra as mulheres
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Para tentar diminuir crimes contra mulheres em locais públicos e privados, o estado do RJ lançou neste sábado (22) um decreto que torna obrigatório a aplicação do protocolo ‘Não é Não’, lançado por lei federal em 2023.
O tratado estabelece normas e procedimentos para prevenir e enfrentar a violência contra as mulheres.
De acordo com a determinação, bares, restaurantes, casas noturnas, shoppings, clubes, academias e outros locais, devem adotar medidas para proteger as mulheres que se sintam em situação de risco.
Segundo o estado, a medida tem viés educativo e não punitivo, buscando a colaboração dos estabelecimentos na criação de um ambiente mais seguro para as mulheres.
A regulamentação, assinada por Cláudio Castro (PL), determina como as pessoas responsáveis por estabelecimentos devem agir ao atender alguma vítima de violência.
Entre as orientações está a de que o atendimento deve ser feito de forma reservada e, preferencialmente, por mulheres, com prioridade para casos graves.
A vítima deve ter o seu relato respeitado, sem julgamentos ou revitimização, e receber informações claras sobre os procedimento que devem ser feitos.
O protocolo também orienta que em casos de risco ou emergência, a Polícia Militar ou o Samu devem ser acionados em primeiro lugar. As regras de atendimento humanizado também devem ser seguidas pelo agentes de segurança pública e profissionais de saúde que atenderem a vítima.
Os estabelecimentos e empresas que cumprirem esses critérios receberão o selo ‘Mulher Mais Segura’.
Segundo o Dossiê Mulher, do Instituto de Segurança Pública (ISP) do RJ, 2.227 mulheres foram vítimas de importunação sexual no estado em 2023. O aumento dos registros foi de 36% em relação a 2022, quando foram 1.642 casos.